sábado, 30 de maio de 2015

UGT - NORTE NOVA DIRETORIA


PRE CONFERENCIA DA SAÚDE DE LONDRINA 2015

PRE CONFERENCIA DE SAÚDE - SEGUIMENTO USUÁRIOS 2015

MOVIMENTOS SOCIAIS 
UNIMOL / FAMOPAR / CONAM 


REALIZADA NO ANFITEATRO DO HU EM LONDRINA 

SAÚDE PUBLICA PARA CUIDAR BEM DAS PESSOAS” - DIREITO DO POVO BRASILEIRO, 

Para avançar ainda mais a política de saúde pública  precisamos continuar a luta por mais investimentos no SUS, inclusive indicando novas fontes de financiamento  mais recursos significa melhorias dos hospitais públicos, da atenção básica, em medicamentos e especialmente em prevenção e o acolhimento, devemos fortalecer a luta contra todo tipo de precarização do trabalho e qualquer forma de terceirização no setor, alem de mobilizar amplas parcelas do povo brasileiro pelo fortalecimento do SUS e contra todo tipo de privatização na saúde.


É desafio do movimento comunitário estar presente no debate local de saúde, participando e fortalecendo conselhos locais

























LICENÇA TEMPORÁRIA



















HOMENAGEM


DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL  

REUNIDA EM HOMENAGEM A PRESIDENTE MARIA ANGELA MAGRO

PELOS TRABALHOS REALIZADOS JUNTO AS COMUNIDADE DE LONDRINA




Adicionar legenda









ASSOCIAÇÕES DE MORAROES


Congresso Regional FAMOPAR

Congresso Regional da para discutir políticas públicas Nacionais, Estaduais, e Municipais.

CONAM Confederação Nacional das Associações De Moradores
UNIMOLUnião Municipal das Associações de Moradores de Londrina

 

 


Líderes comunitários da região norte do Paraná, estarão reunidos e debatendo sobre a realidade da Política brasileira, a política publica e fortalecimento dos movimentos comunitários, demandas prioritárias de suas cidades.

Pauta:
Ø  Política Publica – Políticas Sociais
Ø  Fortalecimento dos Movimentos Comunitários.

Ø  Fortalecimento e Defesa do SUS

sábado, 16 de maio de 2015






 


A chapa ‘Crescer Com União’, encabeçada pelo sindicalista Paulo Rossi, recebeu a unanimidade dos votos das centenas de delegados da UGT-PARANÁ
 
Com a participação de mais de 500 lideranças sindicais e comunitárias, a UGT-PARANÁ realizou seu 3º Congresso Estadual, dias 27 e 28 de abril, na Colônia de Férias da FECEP -Federação dos Comerciários do Paraná, na cidade de Guaratuba, litoral do Paraná. Além de participarem das palestras e debates, os delegados dos sindicatos filiados à UGT-PARANÁ elegeram a nova diretoria da central no estado. O sindicalista Paulo Rossi foi reconduzido ao cargo de presidente da UGT-PARANÁ, encabeçando a chapa única “Crescer com União”, obtendo a unanimidade dos votos.

Na abertura do 3º Congresso, a presença de lideranças nacionais da UGT e de outros estados, mostrou o reconhecimento que a UGT-PARANÁ tem no meio sindical e político. Na mesa de abertura estiveram: o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah; o secretário Nacional de Organização Sindical, Chiquinho Pereira; o secretário nacional para a Região Sul e presidente da Federação dos Bancários do Paraná, Gladir Basso; o secretário nacional de Formação Política e presidente do Conselho Estadual do Trabalho do Paraná, Paulo Sérgio dos Santos; o superintendente da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Paraná, Jorge Leonel de Souza; o chefe do escritório da FUNDACENTRO no Paraná, Adir de Souza; o presidente da UGT do Rio Grande do Sul, Paulo Roberto Barck; da UGT-Santa Catarina, Valdemar Schutz; representando a UGT-Minas Gerais, o sindicalista Paulo César Dias e da UGT-Rio de Janeiro, Álvaro Sanches Junior. Das regionais da UGT-PARANÁ: Oeste, o presidente Antônio Vieira Martins; da Norte, Éder Pimenta; da Noroeste, Leocides Fornazza; e Litoral, Jaime Ferreira dos Santos, e o coordenador da região sudoeste, José Altair Constantino. Também compuseram a mesa os presidentes das federações: FESMEPAR - Federação dos Servidores Públicos do Paraná, Luiz Carlos Silva de Oliveira; FENECON - Federação Nacional dos Economistas, Juarez Trevisan; FECEP - Federação dos Comerciários do Paraná, Vicente Silva; dos diretores da FETRACOOP - Federação dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas do Paraná, Joel Martins Ribeiro; da FEACONSPAR - Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação do Paraná, Amélia Rodrigues. Da direção estadual da UGT-PARANÁ, além do presidente Paulo Rossi, integraram a mesa, a secretária-geral, Iara Freire e o secretário de Finanças, Moacir Correia.

TERCEIRIZAÇÃO - Na abertura do 3º Congresso Estadual da UGT-PARANÁ, o principal eixo do discurso dos dirigentes sindicais, foi contra o PL 4330, da Terceirização. Os representantes sindicais do Paraná e dos outros estados criticaram duramente o conjunto de medidas que precarizarão ainda mais o trabalho e cria um “regime de escravidão” no Brasil em pleno século XXI.

O presidente da FECEP e anfitrião do evento, Vicente Silva, destacou o trabalho de união que a UGT vem realizando no Paraná, mas alertou das lutas que o movimento sindical precisa ter para preservar seus direitos.

O superintendente da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Paraná, Jorge Leonel de Souza, destacou os programas de formação que a secretaria pretende implementar. Jorge falou ainda do piso regional do Paraná, que continuará sendo o maior do Brasil, servindo de base para as negociações coletivas.

Paulo Rossi, presidente da UGT-PARANÁ, agradeceu ao apoio de todas as entidades, lembrando que, se a UGT é a maior central sindical paranaense, deve ao fato da união das entidades filiadas. Rossi lembrou ainda que o PL da Terceirização, pode ser um “tiro no pé” dos próprios patrões, que futuramente poderão ter passivos trabalhistas enormes, devido à precarização e tentativa de “ PJtização” desses trabalhadores.

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, destacou a unidade da UGT-Paraná, e também discorreu sobre as bandeiras que a central vem defendendo. Patah lembrou que a UGT, desde a sua fundação defende um marco regulatório para o setor de serviços, porém, o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados, em nada contempla o movimento sindical e em especial a classe trabalhadora.

PALESTRAS E DEBATES- No primeiro dia do congresso o chefe do escritório da FUNDACENTRO no Paraná, Adir de Souza, falou sobre a campanha nacional “Abril Verde”, que combate a falta de segurança nos ambientes de trabalho. “Agradecemos a UGT que abraçou nacionalmente essa campanha desenvolvida pelo SINTESPAR. É lamentável que tenhamos um altíssimo número de trabalhadores e trabalhadoras vítimas de acidentes de trabalho, muitas na grande maioria das vezes, causadas pela negligência dos empregadores em proporcionar condições dignas de trabalho”, denunciou Adir de Souza. A campanha Abril Verde tem como ponto alto o dia 28 de Abril, quando são lembrados, no mundo todo, as vítimas de acidentes no trabalho. “São campanhas como essa, de esclarecimento e denúncias, que levam informação ao grande número de trabalhadores, muitos dos quais desconhecem seus direitos trabalhistas”, disse Adir.

No dia 28, o secretário nacional de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Francisco Pereira, o Chiquinho, falou sobre os desafios do movimento sindical frente ao cenário político, econômico e sindical. Em sua análise, sem a participação efetiva dos trabalhadores nas instâncias do legislativo municipal, estadual e federal, fica difícil o enfrentamento com os interesses patronais, que são os “verdadeiros donos do poder no Brasil”, disse Chiquinho. O dirigente falou das recentes mobilizações que levaram às ruas milhões de brasileiros: “o movimento sindical tem de ouvir essas vozes e interpretar esse caminho, pois caso contrário, corremos o risco de ficarmos à margem da história”, frisou o sindicalista.

Para falar sobre as alterações previdenciárias e privadas, foi convidada a professora universitária e integrante do Conselho Deliberativo da OABPREV/PR (seção da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná que cuida das questões previdenciárias), Melissa Folman. A professora esclareceu o quanto os trabalhadores perderão com a implantação das MPS 664 e 665 e a Lei 13.063/2014. As duas MPs dificultam o acesso dos trabalhadores a uma série de benefícios previdenciários, entre eles o seguro-desemprego, a pensão por morte e auxílio doença e modificam as regras para o pagamento do abono-defeso (pago aos pescadores no período de proibição da pesca profissional). A Lei 13.063 trata da isenção dos exames médicos periciais para os pensionistas inválidos que completarem 60 anos.

“Esse conjunto de Leis e Medidas Provisórias foram alvo de campanhas nacionais da UGT, justamente por comprometerem benefícios já conquistados e reduzirem drasticamente as condições de vida dos trabalhadores”, disse a professora Melissa. Ao pormenorizar as MP´s, Melissa apontou as implicações sociais, entre elas para a juventude que busca no primeiro emprego uma porta para o ingresso no mercado de trabalho.

Por sua vez a consultora trabalhista e sindical Zilmara Alencar falou sobre as alterações trabalhistas e privadas e seus reflexos para o mundo sindical. “O movimento sindical tem de estar atento para o que já existe no âmbito da magistratura, por meio das súmulas, e que rege as relações trabalhistas”, disse Zilmara. A palestrante falou principalmente sobre a terceirização, mostrando que já há uma súmula regulando a contratação de mão-de-obra no setor público e privado por meio de empresas terceirizadas, nesse caso a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho.

NOVA DIRETORIA E MOÇÕES- Os delegados sindicais elegeram a nova diretoria da UGT-PARARÁ, para o quadriênio 2015/2019. A chapa “Crescer com União”, encabeçada pelo sindicalista Paulo Rossi, obteve a unanimidade dos votos. “Agradeço a todos os companheiros e companheiras que mais uma vez depositaram em nosso nome a confiança e responsabilidade por essa que é a maior central sindical do Paraná. Temos a certeza de que esse caminho não é de apenas uma pessoa. Esse caminho está sendo construído com todos os dirigentes sindicais que estão presentes aqui, ou que por algum motivo não puderam comparecer. Tenham a certeza de que não mediremos esforços para fazermos mais e melhor”, concluiu Rossi, que terá ainda na vice-presidência o comerciário Leocides Fornazza, o Léo, e na secretaria-geral a bancária Iara Freire, e na secretaria de finanças, Moacir Correia Barboza Filho, que é do setor da indústria da transformação.

Ao final do encontro foram aprovadas moções de repúdio ao Ministério Público do Trabalho, pelas práticas antisindicais (apresentada pelo frentista Lairson Sena Sousa); de repúdio à aprovação da MP 412, que militariza a segurança pública (do policial federal Fernando Vicentine); moção de apoio pela manutenção da NR 17, que cuida dos direitos trabalhistas no ambiente de trabalho (do técnico de segurança Elizeu Freitas); de apoio aos professores públicos estaduais (do servidor público Leonel Lupatini); pela igualdade salarial e equidade de gênero (da bancária Iara Freire); e de repúdio ao PL 4330, da Terceirização (do comerciário Leocides Fornazza). Foi ainda aprovada uma moção especial, produzida pela Secretaria da Mulher da UGT-PARANÁ e encaminhada pela secretária-adjunta da pasta, Lori Fehmberger Frehlich ao presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, pedindo o apoio e aprovação do projeto de Lei 130, adicionando o parágrafo na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) a fim de estabelecer multa para combater a diferença de remuneração verificada entre homens e mulheres.

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MOVIMENTO COMUNITARIO



 MOVIMENTO COMUNITÁRIO

 TEMARIO

Temas abordados, um pouco da historia do movimento comunitário e do movimento cooperativista no Brasil, por que o cooperativismo popular comunitário, é totalmente desconhecido da grande maioria das lideranças comunitárias, e praticamente inexistente no meio popular, a confluência de pensamentos políticos, sociais, econômicos contemporâneos que nos levaram desenvolver o sistema comunitário de resultados, o atual momento vivido pelas instituições comunitárias, suas comunidades, seus dirigentes, e lideres, a população especialmente nos bairros populares, conjuntos habitacionais, assentamentos, favelas, distritos, zona rural, onde precisamos atuar com mais eficiência, sabemos que varias formas de solidariedade e cooperação já são praticadas espontaneamente nas comunidades, quais as perspectivas para o segmento supracitado nesta nova fase da governança do estado e do país, e das cidades como serão as relações entre governos e os movimentos sociais, especificamente os populares, comunitários,  incluindo ai o cooperativismo popular comunitário, da nossa parte estamos esperançosos, temos propostas de soluções testadas e aprovadas pela comunidade em que vivemos e pela sociedade, preparamos algumas sugestões que pretendemos discuti-las, a questão dos trabalhadores informais, geração de riquezas trabalho e renda, implantação das redes de organizações comunitárias produtivas, por exemplo, no plano mais amplo a formação de uma aliança estratégica que complemente as atuações da parte lúcida do movimento popular comunitário, praticando o cooperativismo popular articulados na produção, consumo, de bens e serviços, através das organizações comunitárias produtivas porem, precisamos de indicativos de que as propostas poderão serem aceitas e/ou negociadas com os ocupantes dos cargos públicos, gostaria de lembrar os companheiros e companheiras que quando nos dirigimos à comunidade e estamos falando sobre as nossas necessidades de se debater os problemas propor soluções, essa fase é chamada de movimento comunitário de resultados, denominamos de sistema comunitário de resultados, quando nos dirigimos à algum grupo de pessoas da comunidade e estamos falando de se criar uma instituição para realizarmos um projeto seja ele qual for, essa fase é chamada de sistema comunitário de resultados, a fase de implantação, administração, gestão das atividades produtivas, a chamamos de sociedades comunitário empresarial resultados. 


INTRODUÇÃO

Cidadãos e cidadãs que moram nos bairros nas periferias das cidades, e sobrevive do trabalho informal vive uma constante luta, a batalha pela sobrevivência, do dia, a dia, de manhã até a noite fica no batente, isso quando tem trabalho, para receber uns trocados que mal da para pagar as contas, e manter o corpo em pé para continuar trabalhando, quando se olha a questão da evolução do progresso na economia, ciência, tecnologia, é preciso fazer uma reflexão, e comparar os resultados desse progresso com as condições de vida da imensa maioria dos brasileiros, para onde se canalizaram os benefícios desse progresso basta analisar o tratamento dispensado ao povo trabalhador durante vários e vários governos, para a grande maioria ficaram apenas bravatas, eloqüentes discursos, golpe de estado, promessas, planos econômicos, engodos, muita propaganda, falácia sobre eficiência, competência, pra piorar ultimamente a violência aumentou muito no meio de nós e infelizmente até os chamados setores de vanguarda desapareceram.

Para defender e trabalhar à organização dessa parcela da comunidade, há muito tempo existem apenas os movimentos sociais, porem a quase totalidade desses movimentos atuam de forma defensiva, e com projetos imediatista, centrando suas lutas em cima da pressão aos governos nas reivindicações de inspiração social, para resolver problemas econômicos, embora isso seja extremamente necessário, entendemos que não pode ser somente isso, aprendemos na escola política e principalmente na escola da vida qualquer sociedade ou grupo social para melhorar de vida, e prosperar de forma emancipadora e sustentável, precisa necessariamente possuir fé, conhecimentos, estar bem organizado e ter em suas mãos meios de produção, levando em consideração essa analise, há quinze anos atrás convencidos que precisávamos mudar o foco da luta e principalmente a forma de organização, até para poder continuarmos existindo como grupo organizado e continuar lutando, decidimos pela iniciação da construção de um movimento social com inspiração econômica para resolver problemas sociais, denominado movimento comunitário de resultados.

Gostaria de lembrar os companheiros e companheiras que estamos vivendo um momento ímpar e muito fértil em nossa historia com relação à possibilidade de os lideres, dirigentes de grupos organizados interessados nas soluções dos problemas sócios-econômicos de suas localidades obterem o apoio necessário para iniciarem em suas comunidades projetos de geração de trabalho e renda, e formalizar de vez a organização de estruturas, as mais justas possíveis através dos sistemas associativista comunitário e cooperativista popular, para que os membros de nossas comunidades tenham vida em plenitude.  




BREVE HISTÓRICO



No Brasil o movimento comunitário teve origem na década de 30, atuando com sistemas criados pela classe média da época, sendo basicamente um movimento de confraternizações, e lazer, com muitas atividades religiosas, solidariedade e coperação entre moradores de bairros centrais e/ou de situação sócio-econômica resolvida, utilizando suas sedes para realização de promoções, com objetivos de arrecadar recursos para a própria sociedade amigos do bairro e também para realizar obras de caridade, ainda hoje muitas associações de moradores e sociedades amigos de bairro atuam exercendo basicamente esse papel. Com a implantação da política desenvolvimentista no País, a partir  de meados da década de 50 cinqüenta, aconteceu a consequente concentração dos trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias nas cidades que se tornaram polos industriais, de comercio e serviços, motivados pela possibilidade real de encontrar emprego, mais a busca pelo conforto das cidades, a necessidade de saúde, educação, profissionalização dos filhos, com a mecanização da agricultura a partir de meados da década de 60,  e a grande geada de (75) o que apressou o grande êxodo rural do final da década de (70) setenta, estava decretado a expansão e o inchaço de nossas cidades para atender a demanda por moradias para os migrantes. por um lado imobiliaristas, incorporadores, construtores, e picaretas de toda ordem, com a conivência ou a revelia das autoridades municipais da época,  iniciaram a implantação desordenada de loteamentos populares regulares e irregulares, sem nenhuma infraestrutura urbana, ou preocupação em implanta - lá futuramente, e por outro lado o governo federal através do banco nacional da habitação BNH, deu inicio aos programas de construções em larga escala, de grandes conjuntos habitacionais, verdadeiras cidades, ‘’estrategicamente’’ construídas distante do perímetro urbano, para onde o grande contingente de trabalhadores oriundos do êxodo rural e migrantes da própria cidade passaram a residir. Essa ‘’estratégia’’ da qual estamos falando tinha como objetivo principal promover a especulação imobiliária, entre o termino do perímetro urbano e os conjuntos habitacionais, algo ate hoje presente e notório na realidade urbanísticas das cidades, mas não podemos negar, e só não vê quem não quer os conjuntos habitacionais e os bairros populares se desenvolveram muito mais que seus próprios idealizadores imaginavam, graças a garra e luta dos moradores e suas lideranças verdadeiramente comunitárias.


Foi nessas condições que por volta de 77 aprofundou - se o processo de organização de entidades comunitárias de reivindicações, as chamadas associações de moradores, que foram constituídas principalmente em bairros  e conjuntos habitacionais desprovidos de serviços públicos, onde naturalmente a luta dos moradores mais conscientes era pela construção da escola, posto de saúde, saneamento básico, asfalto, criação de linha de ônibus, etc., etc., e nos conjuntos habitacionais a grande luta das associações de moradores era contra o alto valor cobrado pelas prestações das casas populares, o auge desse movimento se deu entre 83 e 86.



Não podemos deixar de citar que neste mesmo período, as autoridades municipais da época percebendo a força desse movimento passaram a criar e manter associações e principalmente federações dirigidas por pessoas de sus confiança, cedendo sedes nos próprios passos municipais, e ao mesmo tempo, exercendo o monitoramento interferindo no funcionamento, nas ações no processo eleitoral das instituições chamadas ‘’combativas’’, cooptando as direções legitimas oferecendo  pequenos cargos, patrocinando viagens a congressos, realizados em grande quantidade nessa época,



Para politizar e coordenar as ações do movimento popular comunitário, a nível nacional iniciou se estudos visando a criação de uma entidade nacional, onde deliberou - se pela fundação da CONAM Confederação Nacional de Associação de Moradores, que realizou se em 82, entendemos que a fundação da entidade supracitada foi resultado muito mais do esforço dos militantes do período das mobilizações político social, durante a luta pela redemocratização do país, que das lutas ou compreensão de lideres genuinamente e/ou simplesmente comunitários, a fundação da instituição se deu no contexto supracitado, desde sua fundação essa entidade sempre teve a participação de várias correntes políticas e ideológicas, mas a hegemonia na direção sempre pertenceu ao PCdoB, que se mantém até hoje, fazendo  alianças com o que é a realidade da base do movimento popular comunitário no Brasil



No inicio da década de 80, por volta de 83 e que durou ate 86, surgiu um grande movimento, especialmente nas comunidades mais carentes dirigido por setores da Igreja Católica compostos por leigos e padres, e quadros do recém fundado PT, no sentido de fundar a ANAMPOS (Articulação Nacional dos Movimentos Populares e Sindicais), que congregou, em caráter suprapartidário no seu início, militantes e entidades da cidade e do campo. No Paraná esse movimento foi batizado pelo nome de união geral de moradores - U.G.M.



No campo sindical o movimento era exclusivamente composto e dirigido por setores da Igreja Católica, formado por leigos e padres, e quadros do recém fundado PT trabalhava com as chamadas ‘”oposicões sindicais’’ geralmente organizadas dentro do salão paroquial, treinada  e bancada pelas pastorais, esse movimento deu imenso trabalho para muitos sindicalistas da época, inclusive ganhando vários sindicatos e empurrando outros para o campo popular e progressista,



Por falta de unidade e em decorrência da postura sectária das forças supracitadas o movimento se dividiu de vez, e as entidades sindicais fundaram na época, duas centrais sindicais - CUT e CGT - e o movimento popular urbano dividiram - se em setores  PT – e  seus tentáculos continuaram na ANAMPOS e depois na Comissão Pró-Central de Movimentos Populares. CMP, e o MST na luta pela reforma agrária.



Nesse mesmo período também chamado de nova republica, o Governo Sarney implementou o programa de tíquete de leite para famílias carentes que recebiam 30 tíquetes de leite mensais. Esses tíquetes eram distribuídos por associações de moradores, o programa por um lado fortaleceu essas entidades, e por outro incentivou a disputa feroz pelo comando das entidades e a criação de outras apenas cartoriais que cumpriam esse único objetivo quase sempre isso era patrocinado por políticos de todas as matizes.

Não podemos nos esquecer que nesse período  eleições de associações de moradores era uma verdadeira guerra, envolvia partidos e políticos, pastorais, sindicatos etc., etc. tudo por causa do tal de tíquete de leite para famílias carentes, já dava para perceber a inspiração quase que exclusivamente social de nossos lideres, e gana de todo tipo de aproveitadores, e no grosso do movimento que tipo de lideranças estava sendo forjada.


Setores de organizações políticas como PCdoB, tendência popular do PMDB, MR8, PSB e PCB que em 1982 haviam fundado a Confederação Nacional de Associação de Moradores, CONAM, continuaram firmes nas suas lutas populares e comunitárias, enquanto que para assuntos de reforma agrária os fundadores da CONAM passaram a trabalhar junto, e apoiar as ações da CONTAG, confederação nacional dos trabalhadores na agricultura, quanto ao movimento sindical, continuaram na CGT, e paralelamente organizando uma central sindical  denominada CSC, central sindical comunista, como o projeto não vingou, mais tarde virou tendência, com a mesma denominação, e a mesma sigla, CSC corrente sindical classista, em 1989. o PCdoB voltou a alinhar se ao PT e praticar alianças político eleitoral a nível nacional, e apóia - lo incondicionalmente e a CSC incorporou s a CUT.

atualmente o ponto de referencia dos movimentos de esquerda governista é a CMS, coordenação dos movimentos sociais.

Em medos dos anos noventa setores do PSDB criaram uma entidade denominada de CONAM - BR. no movimento sindical o PSDB atuou na forca sindical,  e posteriormente criaram sua própria central denominada SDS social democracia sindical, no movimento de reforma agrária esse grupo apoiou a fundação do MAST,


Não podemos nos esquecer da existência de outros tipos de lideranças certamente responsáveis pelo maior contingente de pessoas, que batalha silenciosamente nas comunidades principalmente sob o comando das mulheres, esses segmentos não participa de conferencias, plenárias, seminários, mas luta muito pela comunidade, por suas famílias trabalhando fora e nos serviços domésticos na manutenção e administração das casas, no cuidado e trato das crianças, na solidariedade com a vizinhança, sempre que foram convocadas participaram ativamente de todo tipo de campanhas, mutirões, tanto nas horas boas como nas ruins, esse imenso contingente de pessoas anônimas, potenciais lideranças, lideranças em formação, há também outro grupo, composto por gestores de pequenos empreendimentos comerciais, industriais e de serviços, muitos trabalhadores autônomos, milhões de trabalhadores informais todo esse conjunto de pessoas precisa ser motivados a participarem do projeto de implantação do cooperativismo popular comunitário, e de empreendimentos da economia solidária.

Podemos afirmar tranqüilamente que a imensa maioria dos dirigentes das entidades comunitárias não tem nenhuma vinculação política ideológica, pragmática, corporativa com quem quer que seja.

Gostaria de lembrar que nós mesmos participamos ativamente das atividades e das manifestações ocorridas naquele período entre 83 e 86, mas nunca pertencemos de maneira orgânica, pragmática ou efetiva de nenhum dos grupos ou movimentos supracitados, principalmente pelo fato desses movimentos nunca terem colocado em pauta de forma objetiva, a questão da organização socioeconômica, de geração de riquezas trabalho e renda  nas próprias comunidades, porem sempre tivemos muita clareza do tipo de movimento que estava sendo forjado e o  sistema de organização que desejávamos construir para atuarmos, e que veio a ser criado em meados da década de 80 com o nome de movimento comunitário de resultados.



APRESENTAÇÃO

Foi no período da disputa entre facções políticas e suas tendências pela hegemonia ideológica e numérica dos movimentos sociais, populares, comunitários. Que  em meados da década de oitenta, na cidade Londrina, estado do Paraná, que as organizações sociais produtivas do sistema comunitário de resultados, para promoção do bem estar social, começaram a ser idealizadas cuja  preocupação central do movimento focaliza a organização comunitária de forma programática, para alcançar objetivos e metas previamente delineadas, dessa maneira, os integrantes do movimento são estimulados a se organizarem em núcleos, grupos familiares de forma associativa e/ou cooperativa, e grupos da economia solidária, integrada, e de ajuda mutua com objetivos comuns, por exemplo: aquisição de terrenos, construção, ampliação, reforma da casa própria, formação de equipes para prestação de serviços, com objetivo de geração de trabalho e renda, implantação, administração manutenção de creches, hoje centros de educação infantil, implantação de hortas comunitárias, de compra conjunta, de material escolar, gêneros alimentícios, materiais de construção, realização de mutirões, dispensando atenção especial para a questão. Ambiental, no final da década oitenta, em parceria com a prefeitura do município, sob a coordenação do sistema comunitário de resultados para o bem estar social, desenvolveu o projeto e implantou – se varias hortas comunitárias em Londrina, neste trabalho destacamos a do conjunto habitacional Violin, onde se localiza o parque cabrinha, mesmo a horta não existindo mais, ali ficou a nossa marca pois, neste local plantamos 1025, um mil e vinte cinco, árvores frutíferas, pés de manga da variedade Hadén as quais se encontram em plena produção, outra característica desse movimento é a preocupação em mantê-lo isento de dogmas ideológicos sectarismos político - partidário, para não se transformar em forças auxiliares, tropa de choque de grupos de qualquer origem e pretensões, os princípios desse movimento, baseiam - se no civismo e no progresso, orientando e conscientizando seus integrantes da importância dos organismos institucionais de participação popular, tanto os governamentais, quanto os não - governamentais, tendo os como espaços privilegiados para discussão, elaboração, adequação, consulta, deliberações sobre propostas, de implantação de projetos visando  conquistas  de benefícios para os membros do movimento e a comunidade.

A evidencia inovadora do movimento comunitário de resultados para o bem estar social, consiste na idéia de que seus próprios integrantes são os responsáveis principais pela resolução dos problemas verificados.


Os agentes governamentais são importantes parceiros nesse processo, podendo apoiar as iniciativas organizadas pelo movimento de diversas formas e através da disponibilização dos mais variados recursos.

Essas legitimas aspirações configuraram o movimento comunitário de resultados, para o bem social, conferindo-lhe características democráticas e humanísticas, capazes de aglutinar, estimular, organizar e mobilizar os cidadãos e cidadãs e suas famílias, para consumar a melhoria das próprias condições sociais, econômicas, culturais, ambientais, entre outras igualmente importantes, no início da década de 90, o movimento organizou uma associação, para desempenhar o papel de organização - mãe, de um núcleo de irradiação de idéias e ideais, em 1992 um grupo de pessoas organizadas pela associação supracitada criaram uma organização do ramo das cooperativas, atualmente essa cooperativa está consolidada gerando trabalho e renda a 140 sócios, além de uma extensa lista de benefícios decorrentes do trabalho desenvolvido na última década, desenvolveu empreendimentos sociais, como a aquisição de terreno e construção da sede própria da cooperativa, construção de casas popular para os associados, no jardim São Jorge em Londrina, compra cooperativada entre os sócios da cooperativa, reorganização da creche AMPAS – associação de pais e mães do conjunto Aquiles Stenghel, implantação da horta comunitária no conjunto Violin, associação dos coletores de materiais recicláveis de Rolândia, são os exemplos de resultados de maior importância para esse movimento e, que demonstram o potencial de organização e consecução de resultados positivos.


SISTEMA COMUNITÁRIO DE RESULTADOS E AS SUAS ORGANIZAÇÕES

PRODUTIVAS


Propomos a ampliação do sistema comunitário de resultados, para promover o bem estar social, operando uma dicotomia positiva entre o social assistencialista, e o econômico emancipador, através da implantação  de uma rede de organizações comunitárias produtivas, fundamenta - se nas doutrinas, cooperativista e associativista, praticando a economia solidária compartilhada, o comercio justo, coloca-se como alternativa ao movimento popular tradicional. Deseja romper com a cultura da reivindicação pura e simples. Propõe a participação dos cidadãos e cidadãs na elaboração e execução de empreendimentos econômicos, sociais e culturais. Tem por princípio alcançar resultados que beneficiem os grupos formados por membros do movimento. Introduz aos princípios e fundamentos da doutrina do desenvolvimento local sustentável para o bem estar social.

RESUMO.

No limiar do século 21, a ambição dos membros do movimento e/ou sistema comunitário de resultados é a mesma que apaixonou os abolicionistas do final do século 19, os desenvolvimentistas dos anos 50 e os redemocratizadores dos anos 70 e 80, desfraldar sem hesitações as bandeiras da luta pela realização do desenvolvimento socioeconômico local sustentável, da definitiva erradicação da miséria, diminuir a desigualdade social em nossas comunidades, esse é  o compromisso que nos move.

O sistema e/ou movimento comunitário de resultados nasceu da confluência de diferentes vertentes do pensamento político contemporâneo. Dos pioneiros de Rochdale e da iniciativa vitoriosa de Mondrgon se inspirou para implantar o cooperativismo popular comunitário Do trabalhismo recolheu o princípio da prioridade do trabalho sobre o capital. Da democracia cristã trouxe a ética, à solidariedade e a participação comunitária, da teologia da libertação, a opção preferencial pelos pobres, nos princípios do ver, compreender, agir, assimilada dos pensadores católicos e de personalidades eclesiásticas progressistas. Dos autênticos liberais a opção pela livre iniciativa fundada na valorização do trabalho humano. Da ação política de líderes que comandaram a reconstrução democrática da Europa no pós-guerra, aprendeu - se cultuar os valores da liberdade. Do comunismo e da vertente democrática do socialismo herdou o patrimônio das lutas dos trabalhadores pela ampliação dos direitos de participação e pela construção de uma  sociedade igualitária. De Simon Bolívar, acalenta o sonho da  América latina livre.

MAS AFINAL O QUE É, O MOVIMENTO COMUNITÁRIO DE RESULTADOS.

O movimento comunitário de resultados é exatamente o titulo de um sistema de organização social produtiva, de inspiração econômica para resolver problemas sociais, dos cidadãos e cidadãs, atuando em grupos de interesses comum, mais à frente tratarmos deste assunto de forma objetiva, e apresentado o extrato do aprendizado, da experiência acumulada, dos benefícios alcançados por um conjunto de pessoas, que nos últimos quinze anos - se dedicaram exclusivamente de forma profissional ao cooperativismo popular comunitário, e agora colocam essa experiência a disposição dos cidadãos e cidadãs interessados em conhecer, aprender e utiliza-lo.

OBJETIVOS GERAIS

Antes de iniciar as informações sobre os objetivos desta publicação gostaria de dizer que com muito orgulho sou da terceira geração de uma família de alguns militantes, todos ligados aos movimentos sociais, os objetivos desta publicação é oferecer material, que possa facilitar a compreensão de nosso sistema de organização, e socializar com os companheiros e companheiras, algumas experiências positivas acumuladas ao longo de quatro gerações de militância, e quinze anos de experiência pratica no movimento cooperativo popular comunitário, que nos possibilita oferecer esta modesta contribuição  os movimentos sociais, do bem estar social, este manual surgiu da premente necessidade de se produzir material de apoio especialmente às organizações dos cidadãos e cidadãs, e/ou trabalhadores ‘’autônomos’’, informais, na busca de melhorias da qualidade de vida, esse é o nosso compromisso com as organizações de base, produzir material para ser utilizado na organização sócio-econômica de grupos de pessoas interessadas, assumindo a tarefa de implementar o associativismo o cooperativismo popular comunitário, o comercio justo, de compromisso com o bem estar social dos grupos organizados nas comunidades, esse material poderá ser utilizado como tecnologia de organização pelas lideranças, de movimentos sociais, comunitários, estudantil do sindicalismo cidadão, através de grupos de trabalhadores informais, autônomos, da economia solidária, voluntários, mulheres, jovens, na zona urbana e rural, também poderá ser utilizado por autoridades publicas com objetivo de promover o desenvolvimento econômico social sustentável, principalmente a favor da parte da sociedade que se encontra excluída dos benefícios mínimos proporcionados pelo desenvolvimento e do progresso, com certeza existentes em suas


A PRIMEIRA ATIVIDADE PRATICA DO MOVIMENTO COMUNITARIO DE RESULTADOS

Gostaria de falar sobre a horta do Violin porque mesmo não existindo mais, foi a primeira atividade pratica do movimento comunitário de resultados.

Com relação à implantação das hortas comunitárias como parte do programa municipal de nutrição e alimentação humana, dando destaque para a unidade do conjunto Violin, não poderia deixar de citar, que antes da implantação em parceria com a prefeitura, ocorram neste mesmo terreno, outras duas tentativas de se implantar o mesmo projeto, com a intenção de profissionalizar as pessoas e no primeiro momento criar as associações de produtores agrícolas, e posteriormente transforma-las, em cooperativas, uma foi através da igreja católica do Violin sob a animação, coordenação do padre Alberto, da qual eu participei, outra foi de nossa parte de forma isolada, durante a implantação desse projeto sob nossa coordenação, alem da parceria com a prefeitura de Londrina, recebemos apoio de muitas pessoas, e instituições, funcionários de carreira da prefeitura, lideres comunitários, professores, funcionários e alunos das escolas da região, especialmente da escola Fernando Barros Pinto, onde meus filhos. Estudavam, da igreja católica do Violin, pastorais especialmente a das crianças, e a da saúde da região, sindicato dos rodoviários, sindicato dos metalúrgicos, seria injusto se não citasse o apoio a presença. Constante dos padres Cláudio, e Giovane, a garra e dedicação dos trabalhadores contratados pela prefeitura, em sistema de frente de trabalho, a eles, alguns já em memória, minha eterna gratidão, meus agradecimentos aos funcionários, diretores, ocupantes de cargos comissionados da CODEL, especialmente aos funcionários da patrulha mecanizada um departamento existente na época, não poderia deixar de agradecer as autoridades da época por ter confiado a mim aquela missão, especialmente os médicos Dr. Valdimir e a Dra. Nobue, meus agradecimentos a todos os companheiros da equipe, especialmente a orientação agrícola, especializada em horticultura, a preocupação ecológica e ambiental, as vazes até chata do meu saudoso pai.

Mas nem tudo foi flores ou correram as mil maravilhas, alem de produzir de hortaliças para suprir o programa para qual a unidade foi criada, a nossa proposta de fundo, desde as primeiras tentativas, era dinamizar aquele espaço, transformando - o numa unidade de treinamento para promover um sistema organização social produtiva.

No projeto das hortas comunitárias pretendíamos desenvolver algumas atividades extras, por exemplo, na medida em que os trabalhadores da horta fossem se profissionalizando, os que desejassem organizar se em grupos de companheiros ou familiares, para exercerem profissionalmente atividades de horticultura e outras atividades agrícolas, como forma de geração de riquezas, trabalho e renda, criar-se-ia outras unidades de produção destinadas a aqueles trabalhadores que deixassem o trabalho na horta do Violin, que seriam substituídos por outros para se profissionalizarem e assim sucessivamente, inclusive conscientizando - os para a luta pela conquista da terra para trabalhar, e claro a organização dos trabalhadores em cooperativas populares, comunitárias de produção agrícola,  para isso deveríamos firmar um convênio para receber todo apoio necessário do departamento de desenvolvimento rural da CODEL, o que se quer conseguimos discutir com as autoridades da área de desenvolvimento rural lotados na CODEL à época, pois essas mesmas autoridades estavam interessadas apenas na distribuição de produtos para todos da. Comunidade como forma de praticar apenas os objetivos para os quais o programa foi criado.

Hoje eu vejo que, alem da falta da preparação doutrinaria do grupo gestor, a inexistência de uma instituição de grau superior para promover educação, coordenação, disseminação da idéia entre os trabalhadores, não tivemos autonomia suficiente para compor uma equipe afinada, mas também faltou compreensão, comunicação, determinação entre o grupo mais próximo do programa, e principalmente interesse pelo conteúdo do projeto e seus desdobramentos.

O importante foi que não desanimamos continuamos indo em frente e conseguimos dar a volta por cima, fomos estimulados a prestar concurso publico e permanecer na prefeitura mas estávamos convencidos do nosso compromisso com a implantação do cooperativismo popular comunitário em nossa cidade, sabíamos das dificuldades mas sempre acreditamos ser possível construir uma nova opção. 

CONSTRUINDO UMA NOVA OPÇÃO.

Historicamente, as grandes maiorias dos governantes estimularam os brasileiros e suas organizações, a aguardarem passivamente a resolução das crises econômicas, apesar disso, uma parte da população, através de organizações mais ousadas, construíram novas opções, realizaram inúmeros empreendimentos sociais e econômicos, que alcançaram êxito, não faltam exemplos de sucesso: a colonização que abriu novas regiões e levou o desenvolvimento e o progresso, a recolonização que levou algumas regiões a um novo perfil sócio-econômico, pessoas que assumiram empresas em crise e/ou falidas e conseguiram transformá-las em negócios lucrativos, gerando postos de trabalho empregos e tributos, são alguns exemplos que demonstram a capacidade dos cidadãos e cidadãs e/ou trabalhadores dê-se organizarem - e realizarem empreendimentos que contribuem para o crescimento próprio e do país, entretanto, a capacidade empreendedora dos cidadãos e cidadãs, e/ou trabalhadores, muitas vezes se desperdiça devido a. Falta de acesso ao crédito, os juros elevados, à dificuldade de acesso a equipamentos e tecnologias mais recentes, à falta de recursos humanos qualificados, à impossibilidade de capacitação técnica continuada, entre tantos outros fatores importantes para o sucesso, a competição imposta pelo mercado, excluem grande parte dos cidadãos e cidadãs, brasileiros (as) de qualquer oportunidade de ingresso no mercado de trabalho formal, impelindo-os para a informalidade e, na tendência atual tornando os - presas fáceis para as ofertas de remuneração oriundas do descaminho, dos ramos organizados do crime, notadamente, do narcotráfico. A realidade social contemporânea requer efetiva atuação das autoridades, dos cidadãos e cidadãs fundamentadas em princípios éticos e morais, para determinar a transformação social compromissada com a auto - sustentabilidade na construção de melhores condições de vida. Esse movimento pretende ampliar a organização que há quinze anos realiza junto aos cidadãos e cidadãs e/ou trabalhadores de Londrina especialmente na região norte da cidade, para prosseguir atuando dentro dos limites legais, enfrentando problemas sociais como o desemprego, a falta de moradia, o processo de marginalização dos cidadãos e cidadãs e suas famílias, a capacitação permanente para o trabalho além de formar grupos de empreendedores para desenvolverem atividades geradoras de trabalho e renda, para ampliar os resultados positivos alcançados nos últimos quinze anos.



RECONHENCIMENTO DOS PROBLEMAS.



Se reconhecermos que temos seríssimos problemas sociais, estruturais e econômicos para serem resolvidos, que precisamos desenvolver práticas mais enérgicas de solidariedade humana, que temos que ser cada vez mais dinâmicos na implantação de projetos, gestão das atividades publicas, particulares, individuais, conjuntas, e principalmente entendermos que se faz necessário utilizarmos outras tecnologias de organização que temos a disposição. Diante das considerações gerais apresentadas sobre as difíceis condições e perspectivas de vida de uma considerável parcela de cidadãos e cidadãs, moradores de nossos bairros populares, vilas, conjuntos habitacionais, assentamentos, favelas, distritos e zona rural, temos que agir e interagir urgentemente.

Nós que somos a parte organizada da sociedade não podemos ficar apenas apontando os excluídos e marginalizados do progresso do desenvolvimento econômico e social, precisamos sair do discurso, da teoria e partir para a prática, assumindo a responsabilidade de ajudar a organizar a outra parte, os que não tem acesso a nada, a quase nada ou muito pouco e que não tem possibilidades de se organizarem sozinhos, oferecendo-lhes consultoria, assessoria, tecnologia de organização, recursos para que se organizem, se associem para possibilitar que cresçam como agentes produtivos, e cidadãos e cidadãs.


POR UM PACTO PELA DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ECONÔMICO SOCIAL E CIDADANIA.



D Nos do movimento comunitário de resultados propomos debater a celebração de um pacto em prol da paz, democracia, educação, desenvolvimento comunitário, econômico, social e cidadania, geração de oportunidades, combate à informalidade, discriminações implantação de programas de desenvolvimento local sustentável, pautado nos métodos do cooperativismo popular, associativismo comunitário de resultados, economia solidária integrada, discutir as necessidades, analisar as possibilidades de se implantar condomínios industriais, comerciais, agrícolas, para abrigar micro empresas e empresas de pequeno porte, empreendimentos da economia solidária integrada, criação de consórcios de associações, com objetivo de promover a geração de riquezas, trabalho e renda nas próprias comunidades, atuando nas diversas regiões da cidade, zona rural e nos distritos, os condomínios deverão ser implantados em áreas especialmente preparadas para estas finalidades, levando em consideração a viabilidade econômica, e a questão ambiental.

JUSTIFICATIVAS

Este material é uma nova receita para se tentar oxigenar e complementar a atuação da parte lúcida, da atual cúpula movimento popular comunitário, através de ações econômicas, trabalhando efetivamente a implantação de condomínios industriais, comerciais, agrícolas, das organizações comunitárias produtivas dos cidadãos e cidadãs, se possível em cada comunidade, na zona urbana e rural de cada município, este modelo que estamos propondo é movido pela inspiração econômica para resolver problemas sociais.Tem compromissos com os grupos organizados, quando preparados por nossos professores, técnicos, consultores, parceiros, colaboradores, leigos, nossa metodologia esta embasada na tecnologia de organização do sistema associativo, cooperativo, propõe a formação de associações de cidadãos e cidadãs, cooperativas populares, comunitárias  desenvolvidas para viabilizar uma alternativa socioeconômica real emancipadora, para que os cidadãos e cidadãs, trabalhando livremente, de forma organizada possam de fato construir, e manter em suas mãos os resultados do desenvolvimento realizados por nós através das organizações comunitárias produtivas. Ao longo de minha militância política sempre ligada aos movimentos sociais, deu para perceber claramente que a maioria das lideranças dos chamados movimentos comunitários, (exceto). Os setores mais organizados, e esclarecidos, infelizmente ainda não estão preocupados, e nem aí com o sistema de governo, com o partido político, ou grupo econômico, ou quem ira governar o país, o estado, a cidade, quem esta por traz, ou na frente, dos grupos políticos que - se revezam no poder. Dos movimentos que ora aparecem e simplesmente desaparecem nas comunidades, outras constatações obvias, é que a maioria dos integrantes dessas comunidades é composta de gente honrada, pacata, muito trabalhadora, criativa, solidária, extremamente religiosa, forjada na heróica e honesta batalha pela sobrevivência, carentes de apoio, oportunidades, bens materiais, cidadania, lideranças propositivas, para romper o histórico ciclo de opressão e desvantagem no mercado econômico, aproveitar as oportunidades oferecidas pelo atual momento político que estamos vivendo, propomos ao movimento comunitário especialmente a parcela  interessada das associações de moradores, para através de suas lideranças, dispostas a conhecer, experimentar um novo sistema de organização comunitária, deixando de lado os manipuladores, o modelo da reivindicação pura e simples, a culpa é das autoridades, o estilo burocrático aquele do já enviei o oficio,

Se o colega estiver disposto a enfrentar mais  esse desafio, para oferecer novos serviços à sua comunidade, então forme um grupo e venha conhecer e participar de uma nova alternativa organizacional oferecida pelo projeto chamado sistema comunitário de resultados, para o bem estar social, que são as organizações sociais produtivas, embasado nas doutrinas associativista, cooperativista, testadas e aprovadas, utilizadas por milhões de pessoas, das mais variadas culturas, posições econômica, social, e sistemas políticos, e que está presente em todos os continentes.

Ao longo de quinze anos trabalhando com o cooperativismo popular comunitário, adaptamos essa tecnologia de organização para nossa realidade, elaboramos e desenvolvemos os métodos e programas de sua implantação, pretendemos em parceria com a parte lúcida do movimento comunitário viabilizar a ampliação dessa nova lógica para se alcançar um novo patamar nas relações entre movimento, grupos de risco, parte mais pobre da comunidade, setores excluídos dos benefícios do progresso e do desenvolvimento econômico, e principalmente entre os cidadãos e cidadãs, fazendo como muita gente já fez no passado, criando coragem. E começando nós mesmos a produzir os bens.  E serviços que precisamos proporcionando uma alternativa econômica emancipadora para os membros das organizações sociais produtivas em nossas comunidades.



MOVIENTO SOCIAIS.



A maioria dos movimentos sociais, existentes em nossa sociedade, normalmente atua como forças auxiliares, correia de transmissão, tropa de choque, de grupos de todas as origens e propósitos, os movimentos sociais do século passado, foram marcados pela polarização entre dois blocos, o capitalista liderado pelos estados unidos, e o comunista pela ex. união soviética, respectivamente,       tal polarização inibiu o desenvolvimento de muitas doutrinas de organização popular, dentre as quais, destacam-se o cooperativismo e o associativismo. Por outro lado, a polarização favoreceu a disputa ideológica na maioria das organizações populares, fato que desvirtuou os objetivos e ideais da maioria dos movimentos que procuraram desenvolver melhorias nas condições de vida para os cidadãos e cidadãs e suas famílias, desestimulando a adesão e a participação das pessoas, a tendência mundial pela pluralidade, possibilita aos cidadãos e cidadãs trabalhadores e/ou moradores a organização social produtiva, no caso específico do Brasil, pode ser através de cooperativas, que se rege por lei federal, e através de associações que pode ser um conjunto de pessoas que se reúnem para trabalhar para um fim comum, ou formalmente, quando se constitui uma pessoa jurídica, cujo fundamento legal está inscrito no artigo 5º da constituição federal e nos artigos 44 ao 69 do código civil brasileiro    desta forma pretende-se consolidar um movimento social livre de amarras ideológicas, oportunizando as pessoas a adesão por livre escolha.



MOVIMENTOS TRADICIONAIS.



Os movimentos sejam eles sociais, populares, comunitários, de classes que atuam de forma tradicional, são compostos por parcelas da sociedade capitalista, que organizam - se nos termos da legislação vigente para representar seus pares junto aos órgãos competentes, prestar serviços a seus associados e a comunidade em geral, para formalizar o setor são constituídas diversos tipos de organizações do ramo das associações, federações, confederações, fundações, que estabelecidas e, em funcionamento passam a realizar os  mais variados serviços  em prol de seus segmentos sociais , de acordo  com  seu  objeto  e as operações previstas  em seus estatutos, muitas obtêm título de utilidade publica, municipal, estadual, algumas  poucas conseguem a titulação federal, no Brasil recentemente este segmento se profissionalizou e passou a ser conhecido como terceiro setor ou  OSCIPS,  organizações da sociedade civil de interesse publico, de acordo  com a lei n.º 9.790 /99



O MOVIMENTO QUE TEMOS.

Nas regiões urbanas nos bairros populares, conjuntos habitacionais, especialmente em suas partes periféricas. Temos os chamados movimentos comunitários, sendo uma grande parcela composta pelas associações de moradores, na maioria das médias e grandes cidades, encontra se isolado, ou aliciado pelo poder publico, cooptado por organizações estranhas ao movimento, desgastado perante a comunidade, indiferente para a sociedade organizada, notoriamente pela ausência do estado, e em muitos casos até a parte politizada desse movimento foi abandonada pelos chamados setores de vanguarda da sociedade, sobrando apenas alguns abnegados dispostos a continuar tocando esse movimento de forma honesta, autônoma e independente.

Na lida do dia a dia com a comunidade, e com o movimento que nós temos, eu também aprendi que se você não cuidar bem do seu filho o traficante o adota, este alerta serve para todos os lideres, e também para todas as autoridades, com relação a todas as organizações de todos movimentos, pois entendemos que todas as entidades são partes da mesma comunidade, da mesma sociedade, do mesmo estado, embora com propósitos, objetivos e interesses, comuns, divergentes, e até antagônicos. Não é novidade que os movimentos recebem tratamentos sempre desiguais, dependendo sempre da condição social, cultural, ideológica, da ficha de filiação partidária da época em que as reivindicações são encaminhadas, e principalmente de um bom ‘’padrinho’’.

O movimento várias vezes supracitado neste material, não possui adeptos no mundo esportivo, artístico, intelectual, é extremamente dependente de recursos materiais, econômicos, financeiros, é o primo pobre dos movimentos sociais, não dispõe de uma fonte oficial, e/ou legal de financiamento para sua manutenção e sobrevivência, vivendo sempre de chapéu na mão, tornando se preza fácil para todo tipo de oportunistas, aventureiros e aproveitadores, inclusive pseudos dirigentes e políticos especialmente em épocas pré eleitoral, nas atuais condições de descrédito, falta de iniciativas e projetos, as possibilidades e a capacidade de obter convênios, parcerias, são ínfimas com o trágico fenômeno do desemprego, um verdadeiro desmonte do sistema de trabalho assalariado ocorrido nos anos noventa, houve um desagregamento na comunidade e no autentico movimento comunitário, principalmente nos bairros de trabalhadores braçais, onde as dificuldades aumentaram muito, e a luta principal passou a ser a da sobrevivência.

Nessas condições grande parte das potenciais lideranças foram cooptadas por maus dirigentes partidários, políticos ”Salvadores da pátria” e aproveitadores de plantão.

Para fazer a política despolitizada, muitos foram tentados a disputar eleições especialmente as municipais, mesmo sem as mínimas condições objetivas e nenhuma base política partidária. Alguns aceitaram, o que resultou na maioria das candidaturas em pífios resultados eleitorais, e nenhum avanço de compreensão político social, e o pior é que em muitos casos, no conjunto das chapas e das coligações, acabaram contribuindo decisivamente para a eleição de pessoas alheias aos interesses do movimento comunitário e da comunidade, no envolvimento com as lideranças e com o movimento comunitário, ai também eu percebi que na política despolitizada, nas atuais condições não é possível trabalhar  plenamente a favor dos cidadãos e cidadãs dos bairros, as mobilizações quando acontece são espontâneas, emocionais ou manipuladas, dificilmente acontece uma manifestação e/ou ação de caráter propositivo, resultado de um planejamento mínimo. Especialmente em campanhas eleitorais quem for disputar eleições, e desejar contar com a mobilização, ou ação política desse segmento, já sabe na maioria dos casos, se não contratar as “lideranças” os adversários as contratam.

Movimento chapa branca essa e uma pratica e muito usada em todos os lugares, não estamos falando de militantes, grupos que após participarem de campanhas eleitorais vitoriosas buscam e até conquistam seu justo espaço na administração, estamos falando daqueles ‘’movimentos’’ que são concebidos de forma conspiratoria dentro dos gabinetes, da situação e/ou da oposição, ambos sem nenhuma representatividade, compromisso, causa, bandeira em prol da comunidade, mas unicamente com finalidades de desestabilizar administrações, atrapalhar movimentos legítimos, futuramente engajar-se em alguma campanha eleitoral.        

Sem mudar as praticas e costumes que move parte da atual cúpula do movimento comunitário, o mau tratamento, dispensado aos movimentos por grande parte dos poderes públicos através de seus agentes. Se por um lado é preciso uma ação eficiente de escolas, universidades departamentos de governos, encarregados de promoverem a formação, qualificação de lideranças, setores de vanguarda da sociedade politizando as ações do movimento, por outro lado é preciso haver interesse por parte da cúpula e dos lideres do movimento comunitário.

Sem implantar as ações supracitadas, não se constrói alianças, não se faz pacto, não se elabora propostas mínimas de ação e atuação nas áreas política, econômica, social.

Em áreas de risco das grandes cidades em alguns casos, quando o crime organizado, não se infiltra, passa a monitorar o movimento comunitário,

Uma constatação positiva é com relação à diminuição da miséria, nas comunidades mais pobres, isso esta ocorrendo, através da presença, institucional, e física do estado nas comunidades, com a implementação de políticas publica, no setor de assistência, com caráter de rede de proteção social, foi bem encaminhada pelos programas sociais do governo federal, em parceria com as prefeituras. Especialmente quando aplicados por técnicos e de forma profissional, na medida do possível programas habitacionais de interesse social, o saneamento básico são implantados, mas sem duvida nenhuma há muita coisa em todas as áreas pra fazer. Percebe - se claramente que nos bairros e conjuntos habitacionais mais antigos a questão da reivindicação pura e simples, pela falta de tudo, principalmente por qualquer tipo de obra se, exauriu pôr, exemplo na grande maioria dos casos, as ruas já foram asfaltadas, iluminação publica, posto de saúde, escola, centro comunitário, rede coletora de esgoto etc. etc. já foram construídos, o transporte coletivo, a coleta de lixo, funciona regularmente, nos conjuntos habitacionais de cohab, a questão do valor da prestação também já foi ou esta sendo resolvido, nas invasões a urbanização já ocorre como um direito, a regularização fundiária esta assegurada em varias leis, outra questão que deve ser levada em conta, às reivindicações e soluções coletivas são encaminhadas através dos conselhos locais, pois suas conferencias tem força de lei, sobrando para as associações de moradores convencionais apenas questões pontuais e sazonais como a poda e/ou erradicação de arvores, capina do mato, um e outro vazamento de esgoto, bueiros entupidos, sempre lembrando que são nos conselhos, nas conferencias setoriais, na aprovação do orçamento anual, e plurianual que se garante os recursos para as obras de manutenção do que já esta construído, consertar o que não esta funcionando, construir o que esta faltando.

Então acabou a necessidade de se organizar, para lutar por novas conquistas, esta tudo resolvido as mil maravilhas, não têm mais necessidades e espaço para as associações de moradores.

Claro que não, até porque cada caso é um caso, dentro da mesma cidade encontraremos as mais diferentes situações, apenas temos que compreender o fim de um ciclo. Sabemos perfeitamente que no plano geral os movimentos comunitários de associações de moradores e suas lideranças cumpriram e muito bem suas tarefas, nos anos oitenta e noventa.



Na questão local basta olhar em cada comunidade e ver como era e como ela esta hoje, relembrar quantas reuniões foram realizadas, quantas caminhadas foram feitas até a prefeitura, câmara de vereadores, cohab, empresas de água e esgoto, de energia elétrica, fórum, na Cúria, etc.

Os colegas que não acreditaram na luta dos autenticas lideres comunitários da época e venderam suas casas, e hoje se arrependem amargamente, é preciso registrar que nas lutas gerais do povo brasileiro como diretas já, constituinte, fora Collor, reforma agrária, reforma urbana, reforma sanitária. O movimento comunitário sempre esteve, e esta presente em todos os conselhos de todas as instancias. Nas atividades esportivas, solidariedade, prevenção, religiosas todos sabem que podem contar com o movimento comunitário.

Mas agora há um novo desafio, e é preciso avançar rumo a um novo conceito de organização popular comunitária, tendo muito claro que as necessidades de muitas comunidades são outras, a comunidade necessita de novos serviços, por exemplo, algumas que nos afetam diretamente, geração de trabalho e renda, o desenvolvimento local sustentável participativo, consumo, abastecimento, que precisam ser resolvidos mesmo que parcialmente, pois o retardamento de suas soluções está causando graves conseqüências, para isso precisamos nos organizar para construirmos um novo sistema de movimento nos moldes que queremos.

Mas é preciso tomar algumas providencias, com relação à transição de método de trabalho, do objeto e publico alvo, da tecnologia de organização, para executar essa tarefa temos que levar em conta a migração e imigração nos bairros, a mudança do perfil socioeconômico dos moradores, a disposição dos novos e antigos moradores em participar de algum tipo de movimento, principalmente a falta de renovação de lideranças comunitárias propositivas, comprometidas e interessadas na solução dos novos problemas, sabemos também que as mulheres são especialmente as mais interessadas nas questões comunitárias.

Por isso entendemos que as organizações criadas para ancorar o projeto de desenvolvimento socioeconômico solidário integrado devam ser compostas por cidadãos e cidadãs, por livre e espontânea vontade, e realmente comprometido com esta nova proposta, as atuais e futuras lideranças que não levar em consideração os fatos supracitados terão muitas dificuldades para desenvolver suas atividades comunitárias.





AS ASSOCIAÇÕES DE MORADORES SÃO MUITO ESTIMADAS PELA COMUNIDADE.

As associações de moradores, em sua grande maioria são muito estimadas pela população, de fácil resgate e grande utilidade para as comunidades, então vejamos, elas deverão continuar prestando relevantes serviços nas áreas de campanhas institucionais, esporte, lazer, cultura, entredendimento, indicando representantes nos conselhos, mobilizando a comunidade para praticar o cooperativismo, associativismo, economia solidária, comercio justo, o poder publico não pode se dar ao luxo, ignorar ou abrir mão desse valioso instrumento de mobilização comunitária, todos sabem muito, bem que para se chegar mias rapado à comunidade é preciso o respaldo da entidade local que é associação de moradores, e/ou suas federações, mas sabe também que em muitos casos não é possível fazer nada, em outros casos é preciso trabalhar a mudança das praticas e costumes de seus dirigentes.



CONCEITO DE ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS, DE MORADORES, DE CIDADÃOS E CIDADÃS, SOCIEDADES EM NOME COLETIVO, SIMPLES, EMPRESARIAS, SOCIEDADE COOPERATIVA E COOPERATIVISMO.



para tratar do nosso tema central precisamos em primeiro lugar, esclarecer o que entendemos por associação comunitária, de moradores, de cidadãos e cidadãs, cooperativas e cooperativismo, sindicalismo cidadão, como classificar os principais tipos de organizações comunitárias, gostaria de lembrar aos colegas e os leitores que em qualquer comunidade por mais pobre, isolada, que for sempre terá uma associação comunitária de portas abertas para trabalhar em prol da sua comunidade.



RECICLANDO O SISTEMA DE FAZER MOVIMENTO OU FICANDO PARA TRAZ.

Entendemos que quem não se reciclar profundamente, e tentar enfiar goela abaixo da comunidade o modelo mais cômodo de fazer movimento social, popular, comunitário, aquele manjado da reivindicação pura e simples, do já reclamei, já mandei o oficio, estará cometendo graves erros de avaliação, esse tipo de movimento esta esgotado, a população não aceita lideranças comunitárias, e nenhum tipo de lideres que nada fizeram, nada estão fazendo, nada pretendem fazer, aqueles que dizem que vão reivindicar, fiscalizar o executivo, legislativo, denunciar todo tipo de falcatruas e irregularidades, não sobrevivera, eu aprendi com a comunidade que liderança seja ela qual for, é escolhida, eleita  para trabalhar , pra fazer,  e não pra ficar reclamando,  repetindo o que todo mundo já sabe, fazendo avaliação de conjuntura,  esse  tipo de  líder esta com os dias contados, para realizar as tarefas supracitadas ONG.s são criadas exclusivamente para essas finalidades, temos imprensa livre, procon, ministério publico, o controle social legalmente exercido através de conselhos locais, municipais, estaduais, nacionais, na esfera administrativa existem auditorias, controladorias, policias estaduais, federal, a Internet, a ferramenta da transparência, como se vê claramente pelo amplo elenco de organizações, órgãos fiscalizadores este setor esta muito bem servido, embora os crimes e a corrupção continue sobressaindo.



A HORA DE FAZER É AGORA.

Entendemos que nessa nova fase da governança do estado e do país, e também os pré candidatos a prefeito no próximo ano já começam a se manifestar, afinal chegou a hora de fazer não da mais pra esperar, mas para fazer bem feito, e dar certo é preciso compreender qual o modelo de movimento social, popular comunitário, de cidadãos e cidadãs, trabalhadores (as), que à parte da comunidade ligada ao nosso movimento esta propensa  e aceita participar, sabemos que muita coisa já esta sendo feita mas é tarefa urgente arregaçar as mangas e começar trabalhar todos juntos, unindo as bases do conhecimento empírico, técnico, acadêmico, que temos a disposição deste modelo de desenvolvimento popular, comunitário, esperado e desejado por uma grande parcela da comunidade, se faz necessário praticar um verdadeiro mutirão do movimento para se chegar a uma definitiva e vitoriosa realização, muitas coisas já estão muito claras, para as pessoas conscientes que militam nos movimentos comunitários, por exemplo, os recursos públicos são sempre insuficientes para suprir todas as demandas, nos governos democráticos e populares a reivindicação pura e simples deve dar lugar á participação organizada, a radicalização á negociação prepositiva, a descrença à esperança, a pressa a paciência, é com esse propósito que nos apresentamos aos companheiros e companheiras, dirigentes, membros simpatizantes do movimento comunitário de resultados, e de todos os movimentos, após realizarmos uma analise, autocrítica, projetar as perspectivas perante os desafios dessa nova etapa na governança do estado e do país, e dos municípios, neste período em que os militantes e dirigentes das organizações comunitárias preparam para realizar o planejamento político, em face às suas participações nos processos eleitorais.

A busca constante por melhoria nas condições de vida da comunidade sempre foi defendida pela parte lúcida das lideranças do movimento comunitário, também é um ideário socialmente legitimado por todas as pessoas de bem, com militância e quadros na academia, no setor empresarial, no movimento estudantil, sindical, no funcionalismo publico, nos parlamentos, mas sobretudo precisa ser uma aglutinação dotada de capacidade governativa, completamente empenhada em prol de  mudanças sociais e  econômicas esperadas pelas comunidades, por isso entendemos que a hora de fazer é agora.

A opção preferencial pelos pobres, os programas sociais dos governos, a defesa intransigente do patrimônio publico. As causas e bandeiras supracitadas, nós sempre defendemos e por isso é nosso legado e é com ele que nos apresentamos no momento em que nos indagam sobre o que somos e a respeito do que será a nossa comunidade no futuro próximo. Com esse ideário, erguemos bem alta a bandeira de nossos valores, daqueles princípios que motivaram a resistência democrática o enfrentamento com a ditadura a redemocratização do país. Temos consciência de que os crescimentos impetuosos das fileiras dos partidos dos governos e as participações nas estruturas do poder são acompanhadas pelo risco de serem contaminados por mazelas existentes na vida política.

Daí entendermos a necessidade de preservar, como a menina de nossos olhos, a pureza e a integridade de nossos valores, pois é vital a fixação indelével (que não se pode apagar) de nossa identidade política. Em sendo assim, temos coragem de afirmar de que não permanecerá nos nossos movimentos e projetos, qualquer pessoa que atente contra os interesses da imensa maioria da população, e com certeza o mesmo ocorrera nos governos. Portanto, não seremos omissos e nem complacentes com qualquer membro que viole a ética, tudo faremos pelo fortalecimento e o crescimento socioeconômico, educacional, cultural de nossas comunidades, mas também não desejamos ser um movimento que trate o poder a ferro e fogo.

Temos a visão do significado histórico da coesão, das alianças com todas as forças e personalidades em função de a comunidade progredir, de evoluir para uma sociedade mais justa, sabemos que os problemas não serão resolvidos somente por um movimento social, agremiação política, por mais força que eles tenham no cenário municipal, estadual ou federal. Somos afeitos ao diálogo com todos os movimentos sociais, sem exceção e sem preconceitos, porque consideramos imprescindível a incansável busca de soluções que correspondam aos anseios e às exigências da sociedade, mas a complexa realidade comunitária tornou impositiva a ação conjunta dos que governam o estado, nos três ramos do poder, executivo, legislativo, judiciário, e das prefeituras, das organizações da sociedade civil, não importando a filiação partidária dos que nelas e neles ocupam posições, pois as regras do jogo democrático são invioláveis, sendo um princípio básico o respeito à opinião dos eleitores, expressa em mandatos outorgados nos pleitos, hoje, um elemento essencial da construção do estado mais próximo possível, do bem estar social.

Em outras palavras, avançaremos ou seremos derrotados se vencermos ou perdemos a luta no campo das idéias e das realizações, será resultado de nossa capacidade de organização e realização, na verdade temos atuado debilmente nessa frente de luta, pois não acompanhamos ativamente o entrechoque de opiniões que ocorre nas comunidades, controvérsias que em grande medida sucedem em conseqüência das transformações substanciais na vida comunitária, mudanças em que temos tido uma grande parcela de responsabilidade, em razão da nossa presença ou ausência nos acontecimentos políticos, portanto  chegou, a hora e a vez de nos aparelharmos melhor, construindo sólidas bases comunitárias esse empenho deve ser permanente porque uma das características de nosso tempo é o papel que a opinião pública exerce na evolução dos fatos políticos, o que obriga qualquer movimento a realizar um trabalho diuturno em favor de suas teses aperfeiçoando as, cumpri - nos dar maior atenções às atividades desenvolvidas pelas instituições comunitárias, implementando no movimento o projeto comunitário de resultados, embasado nas doutrinas do associativismo e do cooperativismo popular comunitário, economia solidária integrada, comercio justo pelo potencial que eles oferecem como um núcleo dedicado á propagação e implantação de nossas teses, e à solução dos problemas enfrentados por nossas comunidades.

 Para sermos vitoriosos precisamos ter uma presença mais visível, nas instituições e instancias governamentais e não governamentais de base municipal e regional de modo a estabelecermos um relacionamento direto com as autoridades, movimentos de outras doutrinas, principalmente com aqueles que assumem posições identificadas ou aproximadas das que praticamos.

Manter contatos para um melhor conhecimento de suas experiências, para um intercâmbio de opiniões e com o objetivo de firmarmos uma conduta que contribua para a luta comum face aos problemas que afetam toda a comunidade.

Para realmente consolidarmos a nossa atuação perante a sociedade, quanto movimento e/ou sistema, projeto comunitário de resultados, precisamos ser recomendado pela sociedade, respeitado pelas autoridades, reconhecido pelas comunidades precisamos nos preparar e trabalhar articulados com as autoridades dessa nova fase das governanças especialmente nas seguintes questões.





O MOVIMENTO QUE QUEREMOS.

Nós do movimento comunitário de resultados queremos construir um novo sistema de organização comunitária, implementando suas ações pela via democrática, impulsionados pela inspiração econômica, para resolver problemas sociais, fomentando o empreendedorismo popular, pautados nos métodos e critérios doutrinários do  associativismo e do cooperativismo popular comunitário, da economia social solidária integrada, comercio justo, organizando vários setores da comunidade, composto pelo maior numera possível de cidadãos e cidadãs, constituindo uma sólida base social, principalmente com os agrupamentos organizados, como forma de contribuir com o desenvolvimento integral das pessoas e o crescimento econômico local, a coordenação do movimento terá a tarefa de desenvolver estudos, elaborar projetos, criar as condições objetivas, para implantação de uma rede de organizações sociais produtivas locais, visando o encaminhamento, de uma proposta econômica emancipadora para os membros do movimento, promovendo de fato o. Desenvolvimento sustentável, de nossas comunidades. Entendemos que é extremamente importante que as nossas lideranças, dirigentes, administradores, colaboradores, estejam muito bem preparados, para executar as tarefas que se apresentarem para serem operadas pelas organizações comunitárias, comprometidas  com o desenvolvimento local sustentável, nas questões de educação, cultura, saúde, esporte, lazer, segurança, meio ambiente, geração de riquezas, trabalho e renda, consumos, abastecimento, participação nos conselhos, para isso precisamos estar organizados, alem das formas tradicionais, precisamos aprimorar nossos conhecimentos principalmente sobre cooperativas, condomínios, consórcios de associações de cidadãs e cidadãs, sindicalismo cidadão contextualizados com o tempo que estamos vivendo, não se importando se estamos ou não na mesma associação na mesma federação, no mesmo partido, na mesma religião, mas sempre realizando ações em prol da mesma comunidade.



PERFIL DESEJADO PARA O LIDER DO MOVIMENTO COMUNITÁRIO DE RESULTADOS.

O perfil do novo líder comunitário de resultados exige a similitude das condições de vida, em comparação à média de seus liderados, se por um lado é preciso reestruturar, redimensionar, renovar o movimento popular comunitário proporcionado - lhes assessorias, consultorias, recursos, novas tecnologias de organização, preparar uma nova geração de agentes, e/ou lideres comprometidos em mudar as praticas e os costumes que movem parte dos atuais dirigentes, por outro lado, os poderes públicos precisam dispensar aos movimentos sociais, tratamentos mais qualificados, mais organizado e institucional, para  tornar possível que o movimento comunitário seja um instrumento  produtivo, a favor da cidade , dos cidadãos e cidadãs, é inegável que precisamos de lideres com um novo perfil, contextualizado com a realidade atual, é indispensável ter uma visão real do setor privado, do terceiro setor, conhecer as instancias administrativas, e de decisões do poder publico, reconhecer que os recursos públicos são sempre Insuficientes, por isso é preciso saber escolher prioridades, o novo líder comunitário não pode ser aquele sujeito que se deixar manipular por aproveitadores de qualquer tipo, faz reivindicações absurdas, gosta de promover manifestações, passeatas, protestos, a toda hora, utilizando, de todo tipo acontecimentos, não poupando se quer o sofrimento Alheio, expondo os mais fracos ao ridículo, também não pode se esconder dos problemas, ou simplesmente colocar a culpa nos outros, o novo líder precisa ser criativo, ter noções administrativas, tomar consciência que é um executivo de sua entidade, designado para operar as deliberações tomadas no âmbito político, administrativo, judicial de sua instituição, em prol de seus associados, cooperados, condôminos, comunidade. Cada vez mais as moradias populares são construídas em sistema de condomínio. O cooperativismo popular comunitário, a economia solidária integrada esta batendo às nossas portas, o novo líder comunitário precisa aprender lidar com esta realidade, precisa estar familiarizado, por exemplo, com a informática, é comum nos dias atuais documento público, informações, oportunidades, obrigações fiscais, operações bancarias, entregas e/ou recebimento de documentos estarem a disposição ou serem executados pela Internet. A nossa proposta de formação e qualificação de novos lideres comunitários passa pela realização de cursos de capacitação continuada, e especialmente pela Inclusão na rede publica de ensino, sobre associativismo e cooperativismo  popular comunitário  a criação do curso técnico de gestão de entidades populares comunitárias.





À NÍVEL DE CATEGORIA ECONÔMICA DIFERENCIADA



diretores, associados membros das diversas categorias de sócios, representando as entidades comunitárias de moradores e moradoras, de cidadãos e cidadãs, da região metropolitana de Londrina.



Que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas no exercício da representação dos usuários de serviços públicos nas conferências setoriais onde se formulam as políticas publicas, que pratique o controle social através da participação de seus membros nos conselhos de âmbito local, regional, municipal, estadual, nacional.



Que realiza trabalho comunitário de harmonização, organização, reivindicação para obtenção de melhorias gerais na qualidade de vida da comunidade.



Que efetue ações concretas em prol do desenvolvimento comunitário, econômico, social, e cidadania elaborando e aplicando novas tecnologias de organização nas relações do trabalho, produção, distribuição de bens e serviços, combatendo a informalidade, promovendo a inclusão social, criando um ambiente propicio nas comunidades para aumentar as possibilidades de empregos, trabalho decente, renda, através da participação dos cidadãos e cidadãs em empreendimentos solidários, integrados de geração de riquezas, trabalho e renda, nas próprias comunidades. Foi com este propósito que nos reunimos em assembléia para deliberar sobre a fundação do sindicato para representar as entidades comunitárias de moradores e moradoras de cidadãos e cidadãs, inaugurando um novo modelo de organização sindical, referenciado nos preceitos de liberdade e autonomia composta por entidades, cidadãos e cidadãs livres e autônomas,





O MOVIMENTO COMUNITÁRIO E OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS INFORMAIS

Nesse momento e sem duvida nenhuma a questão dos trabalhadores informais um desafio à ser enfrentado, essa e uma das questões que não será resolvida apenas com reivindicações tradicionais, pura e simples junto aos poderes públicos, e que ao nosso ver requer mais atenção por parte dos lideres comunitários, pois a maioria desses trabalhadores estão nas nossas próprias comunidades, penso que esse seja um dos maiores problemas sociais da atualidade e de graves conseqüências a médio e longo prazo, que precisa ser enfrentado pelas autoridades, especialmente  pelas autenticas lideranças comunitárias, em fim por toda a sociedade, a questão do trabalho informal, é um drama social que precisa ser compreendido para ser resolvido, os trabalhadores informais,  são muitos não se sabe ao certo quantos são, o que sabemos com certeza é que a informalidade é uma das poucas oportunidades de trabalho, para as pessoas que não tem acesso a nada.  Para outros a informalidade é uma opção, e para outros é ate uma solução, nos estudos sobre informalidade que tivemos a oportunidade de conhecer, nos trabalhos que acompanhamos, junto a grupo de trabalhadores informais nas cidades de Curitiba, Londrina, Rolândia, Nova Santa Bárbara constatou-se claramente que  a, informalidade há muito tempo deixou de ser uma atividade exercida apenas por pessoas desajustadas, moradores de rua, pedintes e mendigos, e que sem romper o atual ciclo de desorganização, violência, preconceito e exploração não há se quer esperança para uma parte desses trabalhadores e trabalhadoras romper a barreira da miséria. propomos sistematizar essa mão de obra, absorvendo a, através da implantação de uma rede de empreendimentos sociais, econômicos nas áreas de trabalho, serviços e produção.



o projeto terá  sua implantação  em  três  etapas .

a primeira parte  que consiste em constituir a tecnologia de organização ,

a segunda etapa e a implantação de um amplo programa comunitário de microempresas e empresas de pequeno porte.

a terceira etapa a criação das cooperativas de trabalho e produção .





E especialmente na implantação do sindicalismo cidadão.





AFINAL QUEM SÃO, OS TRABALHADORES  E TRABALHADORAS INFORMAIS.



Quem são estas pessoas que diariamente percorrem as ruas de nossas cidades a procura de algum tipo de 6trabalho os chamados (bicos) são nossos vizinhos, colegas e ate amigos, homens e mulheres na mesma proporção, embora prevaleça a faixa etária entre 30 (trinta) e 50 (cinqüenta) anos, idosos e crianças também trabalham, o perfil dos, trabalhadores informais são de pessoas inimpregáveis, desempregados, quem já desistiu de procurar emprego, quem fez opção de trabalhar por conta própria, neste grupo a grande maioria não tem qualificação profissional o grau de escolaridade e baixíssimo,



Um fato novo vem ocorrendo nos últimos anos são a chegada de um novo contingente de, trabalhadores composto por pessoas com profissão, moradia fixa e escolaridade de primeiro e até segundo grau, é o indivíduo que viu seu emprego desaparecer, o jovem que tentou mas nunca conseguiu o primeiro emprego, a dona de casa que foi a luta par sustentar a família, aposentados que não conseguem sobreviver com o benefício pago pela previdência, enfim nesse grupo vamos encontrar trabalhadores de todas as categorias e atividades profissionais e ocupacionais. no final do ano de 2003 alguns índios kaingangues foram vistos trabalhando na catação de materiais recicláveis , na cidade de londrina







AS PRINCIPAIS FORMAS DE TRABALHO    PRATICADO PELOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS INFORMAIS.



As formas de trabalho mais visíveis e conhecidas da população são as diaristas, carrinheiros, que trabalham na rua retirando os materiais recicláveis, vendedores ambulantes camelos, moto-taxistas, jardineiros, pessoal da construção civil que realizam pequenos e médios  serviços, transportadores, prestadores de serviços, fabricantes de produtos de toda ordem e até empresas inteiras informais.



Outras formas de trabalho, são os chamados carregadores muito utilizados nas centrais de abastecimento, os chamados chapas, trata-se da atividade conhecida como garimpeiro, homens, mulheres e crianças trabalham em locais como lixões, aterros sanitários, depósitos de resíduos sólidos, separando todo tipo de materiais recicláveis que os caminhões da coleta de lixo e entulho os trazem, geralmente todo final de tarde o caminhão do comprador atacadista passa nos locais supracitados para realizar a compra dos materiais resgatados pelo catador, o trabalho é extremamente insalubre e cruel.



Outra forma de trabalho é aquele onde o trabalhador e/ou trabalhadora consegue formar uma clientela para prestar serviços nas residências, chácaras, lojas, escritórios, nessas condições o trabalho torna-se mais favorável mas a condição continua sendo a mesma, de trabalhador informal







O MERCADO DE TRABALHO INFORMAL.



A estrutura do mercado do trabalho informal em qualquer parte do Brasil, funciona movido por três componentes básicos, divididos da seguinte forma.



Primeira é falta de políticas publicas especialmente por parte do governos federal, estaduais, municipais que durante muito tempo ignorou a banda informal do mercado de trabalho, mas agora temos muita esperança na secretaria nacional de economia solidária,



Segundo a falta de interesse pela organização de sindicatos de trabalhadores autônomos, exeto por algumas centrais sindicais.



Terceiro lamentavelmente é o mais paradoxal pois trata - se dos contratantes inclusive militantes político de todas as tendências, sindicalistas, autoridades que mesmo se utilizando a mão de obra informal nunca se preocuparam ao menos em saber se trabalhador está inscrito na previdência social falo isso respaldado em experiência própria.





OS  PEQUENOS  EMPREITEIROS OS CHAMADOS (GATOS)



Apresentamos um breve relato sobre a existência, localização e função dos pequenos empreiteiros  os chamados (gatos) na estrutura do mercado de trabalho informal , as relações dos pequenos empreiteiros com os  trabalhadores e dos proprietários de serviços.

A definição de pequeno empreiteiro o chamado (gato) é dada a um elemento que se destaca na contratação de serviços e formulas de se encontrar trabalho para ser executado com a ajuda de colegas, vizinhos,

Os pequenos empreiteiros os chamados (gatos) existem em grandes quantidades e estão presentes em todas as regiões das cidades.

O pequeno empreiteiro torna-se o ponto de referência dos trabalhadores informais da região.

Para exercer suas atividades, em muitos casos o pequeno empreiteiro precisa ser financiado por alguém.

O pequeno empreiteiro passa a ser proprietário de um pequeno comercio, de gêneros alimentícios, e de um pequeno depósito de materiais recicláveis, assumindo o papel de “patrão” dos trabalhadores informais, que quando não encontram trabalho nas suas respectivas profissões e/ou ocupações passam a ser catadores de matérias recicláveis, o pequeno empreiteiro e agora comerciante, fornece ferramentas para o trabalho, carrinhos para a catação de matérias recicláveis, faz adiantamentos de pequenas quantias em dinheiro e em troca tem a fidelidade do trabalhador quando serviços forem contratados e do catador que entrega o material catado ao pequeno depósito, nas condições impostas pelo atacadista.



Os pequenos empreiteiros têm um papel importante na atual estrutura do mercado de trabalho informal, mas todos são vítimas da atual estrutura do mercado de trabalho informal, e de seus agentes dominantes.





OS TRÊS GRUPOS PREDOMINANTES DE TRABALHADORES INFORMAIS.



Grupo 1 - Trabalhadores, catadores ambulantes vinculados aos pequenos empreiteiros, trabalham para esses utilizando-se de ferramentas e carrinhos fornecidos pelo “patrão” nos serviços mais qualificados recebem por tarefa e catação de materiais recicláveis, recebem por quilo de material, já descontado o aluguel do carrinho que é calculado por diária, o pouco que recebem não os permite mudar de vida, ou mesmo adquirir ferramentas ou um carrinho para tornar-se “autônomo” independente.



Grupo  2  - Trabalhadores de diversas atividades que trabalham sozinhos, ou em grupos de colegas ou no conjunto familiar. Utilizam suas  próprias ferramentas, formam uma clientela o que torna o trabalho menos sofrido, mas as condições de trabalho são precárias, as relações são informais.



Grupo 3 - Trabalhadores profissionais totalmente independentes que fizeram a opção de trabalhar por conta própria, prestam serviços especializadas diretamente para empresas, famílias , alguns são muitos requisitados, utilizam - se de seus próprios meios de transporte, a sua renda lhe proporciona um bom padrão de vida,  alguns pagam imposto de renda, dos valores referentes aos pagamentos de seus serviços que são retidos as taxas previstas no RPA recibo de pagamento de autônomos, são considerados ‘’empresários’’, a  questão principal para esse grupo de trabalhadores é a previdência social pois de forma errônea  são induzidos a não contribuírem. 





A IMAGEM DO TRABALHADOR INFORMAL.



A imagem generalizada que acompanha os trabalhadores informais, sem qualificação profissional, vinculados a pequenos empreiteiros, mesmo os que trabalham sozinhos, ou em grupos de colegas ou no conjunto familiar é um sujeito relaxado, perigoso, por trabalhar em via pública, lixões, aterros sanitários, depósito de materiais recicláveis, em obras a céu aberto, notamos que o maior problema para a sociedade é a falta de referencias ou responsável por seus serviços, ou simplesmente por não portar um crachá de identificação pessoal, e/ou não participar de uma instituição de trabalhadores, o que do ponto de vista dos contratantes nos dias de hoje  é perfeitamente compreensível, grande parte dos trabalhadores informais também são associados a moradores de rua, pedintes, mendigos, pelos fatos supracitados, de forma geral essas pessoas formam a parte mais excluída dos trabalhadores, são rejeitados pela sociedade e até pela própria comunidade onde residem.











VIVENDO A INFORMALIDADE NA PRATICA.



Morando na comunidade, convivendo com os trabalhadores informais e suas famílias, trabalhando na informalidade com os companheiros, conheci na pratica o drama do trabalhador informal, percebi que nem mesmo as autoridades conhecem as reais diferenças entre trabalhador desempregado, trabalhador informal e trabalhador autônomo, percebemos a precariedade da situação e decidimos que não podíamos mais esperar, e nem contar com nenhuma instituição, ou movimento social e nem mesmo com a solidariedade de nenhum tipo de autoridade, para dar encaminhamento para solucionar nossos problemas, após algumas reuniões sobre o assunto, decidimos, o que fazer, criamos coragem e começamos a nos organizar para enfrentar o preconceito, as dificuldades, superar a barreira da informalidade, e da falta de trabalho.



FOI ATRAVÉS DO ASSOCIATIVISMO E NO COOPERATIVISMO DE TRABALHO  E PRODUÇÃO QUE ENCONTRAMOS A SOLUÇÃO.

Foi através do associativismo e no cooperativismo de trabalho que encontramos a formula para solucionar nossos problemas socioeconômicos, nos transformando de trabalhador informal, em trabalhador autônomo regularizado, no momento em que começamos nós mesmos a produzir os bens, serviços e soluções que precisamos, para efetivar essa tarefa constituímos uma organização do sistema cooperativo para ser referencia entre o grupo de trabalhadores cooperados e os contratantes de serviços, para os sócios cooperados, essa empresa de propriedade conjunta realiza a coordenação, especialmente no que diz respeito a obrigações fiscais, seguridade social, logística, parte burocrática, atendimento social, educação e treinamento, para o contratante essa organização oferece a segurança de estar contratando um prestador de serviços, que não lhe causara nenhum tipo de problema, caso ocorra algum imprevisto o problema será resolvido pela diretoria da cooperativa, sem esse tipo de organização o trabalhador informal encontra muitas dificuldades desde o preconceito ao constrangimento, por exemplo, quando alguém da sua família, vai solicitar, abertura de algum tipo de crediário, não consegue apresentar comprovação de renda, é uma das maiores humilhações enfrentadas pelo trabalhador perante sua família, a nossa organização transforma o trabalhador informal em trabalhador autônomo regularizado, alem da organização administrativa supracitada, e da questão dos fundos do sistema cooperativo, avançamos na consolidação de nossa organização, cumprindo de forma alternativa os direitos sociais dos trabalhadores, onde todos os cooperados estão inscritos na previdência social, são protegidos por seguro de vida, os diretos sociais são cumpridos de forma alternativa, exemplo com objetivo de remunerar as férias, criamos o fundo de descanso, para remunerar o décimo terceiro existe o fundo de final de ano, para cumprir de forma equivalente o fundo de garantia estamos em fase de implantação da poupança fundo de reserva.









AS DIFERENÇAS ENTRE TRABALHADOR (AS) DESEMPREGADO (AS), INFORMAIS, E AUTÔNOMOS (AS)

Antes de qualquer coisa precisamos, compreender os motivos que levam as pessoas a optarem, ou serem obrigadas a optar por uma ou por outra modalidade para se inserir no mercado de trabalho, conheça as diferenças fundamentais entre trabalhador (a) desempregado (a), informais, e autônomo (a)

Então vejamos as enormes diferenças entre os sistemas de trabalho supracitados .

O trabalhador (a) considerado desempregado é aquela pessoa com profissão, ou atividade definida que sempre trabalhou com carteira assinada, momentaneamente encontra  - se fora do mercado de trabalho, esta protegido pelo seguro desemprego, sua profissão ou ocupação esta presente no mercado, sua preocupação com relação ao trabalho é única e exclusivamente encontrar uma nova colocação que é só uma questão de oportunidade, o tempo médio para o trabalhador desempregado encontrar um novo emprego estima se entre um e cinco meses.       

O chamado trabalhador informal é aquela pessoa sem, ou com profissão, e/ou ramo de atividade de definida, algumas poucas  vazes trabalhou com carteira assinada, mas por algum motivo se viu obrigada a realizar qualquer trabalho para sobreviver, uma parte não pretendendo continuar nas condições em que se encontra, mas dificilmente consegue superar abarreira da informalidade, consome grande parte de seu tempo a procura de qualquer emprego ou ocupação, esse tipo de trabalhador não é reconhecido por nenhuma lei de proteção ao trabalho, em outros casos há uma grande confusão entre trabalhador informal e trabalhador autônomo, estamos falando de trabalhadores que decidiram por livre espontânea vontade trabalhar por conta própria, em suas respectivas profissões, ou realizar algum tipo de empreendimento, mas nunca se preocuparam em se auto - regulamentar, formalizar sua condição de autônomo, ou de micro empresário.



MAS AFINAL O QUE É UM TRABALHADOR AUTÔNOMO REGULAMENTADO.

Então vejamos; trabalhador autônomo regulamentado é aquela pessoa que exerce atividades econômicas, sem vinculo empregatício, é possuidor de alvará de licença concedido pela prefeitura do município, é contribuinte do ISS, necessariamente deve estar inscrito no INSS, na condição de contribuinte individual, ou como associado de cooperativa de trabalho, sua categoria é reconhecida no artigo 511 da CLT.

O movimento comunitário de resultados propõe uma nova lógica para se alcançar um novo patamar nas relações entre movimento, grupos de risco, parte mais pobre da comunidade, setores excluídos, e/ou poder público, e principalmente entre cidadãos e cidadãs. Fazer como muita gente já fez no passado, criando coragem e começando nós mesmos a produzir os bens e serviços que precisamos proporcionando uma alternativa econômica emancipadora para os membros do movimento.



AS OCUPAÇÕES NO TRABALHO



As pessoas ocupadas em atividades econômicas são classificadas em diferentes categorias profissionais, levando-se em consideração a sua condição na ocupação no mercado de trabalho. Uma parte dos trabalhadores tem contratos de trabalho regidos por regras do regime assalariado, nessa categoria estão incluídos os trabalhadores do setor publico e privado, no setor publico, as regras são ditadas pelo estatuto dos servidores públicos civis e militares, no setor privado, os contratos são regulamentados pela constituição federal, consolidação das leis do trabalho - CLT, entre outras.

No setor publico e nas grandes empresas trabalham no mesmo ambiente, pessoas que são empregados de outras empresas são os chamados terceirizados.

Os sindicatos dos trabalhadores estão adequadamente preparados para atuarem no âmbito dessas regras. Mesmo os trabalhadores que são contratados sem a devida formalização, os trabalhadores sem carteira assinada, têm no sindicato um aparato de defesa dos seus direitos. Então o trabalhador e trabalhadora assalariada tem sido o objeto das lutas sindicais, ocorre que no mercado de trabalho também os trabalhadores que atuam por conta própria, os autônomos. Nesse caso, a atuação sindical é praticamente ínfima, os informais e os sem remuneração são ignorados, se não levarmos em conta a ação das centrais sindicais, que buscam opções de representação dessas categorias de trabalhadores.

Os demais ocupados no mercado de trabalho são os empregadores, a representação dos empregadores cabe as entidades empresariais, embora a maior parte desses empregadores seja formada por pequenos empresários, que exercem atividades produtivas semelhantes os seus empregados. As pessoas sem remuneração normalmente são constituídas de membros da família que ajudam nos afazeres do negocio.

HAVENDO COMPREENSÃO HAVERÁ POSSIBILIDADES DE TRABALHO E RENDA



Não nos parece haver contradição entre representação dos trabalhadores assalariados pelos sindicatos, a compreensão, e até a solidariedade com a implantação e o desenvolvimento de iniciativas do sistema associativo, cooperativo, economia solidária integrada, comercio justo, desenvolvidos exclusivamente por organizações de trabalhadores, pois a realidade do mercado de trabalho mostra que nem todos os trabalhadores (as) conseguem ser, são ou pretendem ser assalariados.

Em todo o mundo é assim, o associativismo, o cooperativismo popular comunitário, economia solidária integrada o empreendedorismo são formas dos trabalhadores gerarem trabalho e renda e até mesmo tornarem - se autônomos do regime salarial.

Vale a pena lembrar e ressaltar, as preocupações das autoridades, e lideranças, estudiosos a respeito dos trabalhadores informais, sempre tendo como referencia o cooperativismo, como instrumento de solução.  Existe em tramitação no congresso nacional um projeto de lei de autoria do governo federal, e que a O I T. organização internacional do trabalho, da qual o Brasil e signatário, aprovou duas deliberações importantes a respeito dos trabalhadores informais, a reunião n º 90, de 2002, e a recomendação nº193 de 2004.

Os trabalhadores informais são uma das preocupações da recém criada C S I. central sindical internacional, na qual estão filiadas as duas principais centrais brasileiras.









O MOVIMENTO COMUNITÁRIO DE RESULTADOS E A REGIÃO METROPOLITANA



Nós do movimento comunitário de resultados entendemos que precisamos nos qualificar para sermos protagonistas do objeto do desenvolvimento em favor das nossas comunidades, para isso se tornar realidade temos que proporcionar ações mais propositivas junto às representações governamentais sediadas nas cidades pólo, é o caso especial da coordenação da região metropolitana, para fazer acontecer às transformações das cidades em pólos de desenvolvimento urbano avançado e equilibrado, pressupõe-se também uma série de ações de caráter político-institucional, que envolvem desde reformas nas instituições representativas nos planos regional e local até a gestação de arquiteturas financeira e tributária que favoreçam a retomada e racionalização da capacidade de investimento dos municípios, essas novas fórmulas deverão ser capazes de conciliar as necessidades locais de financiamento com as macropolíticas de investimento, o que exigirá mecanismos com a participação de todas as instâncias envolvidas, sejam elas municipais, estaduais, regionais, federais e até internacionais. Aqui, como em outros casos, a economia depende estreitamente da política, a tradição brasileira principalmente no interior, em relação ao municipalismo é tendencialmente centralista, uniformizadora e conformista., por isso, a ação transformadora nessa área precisa ser profundamente ousada para não ficar no meio do caminho, antes de qualquer coisa, ela requer uma cultura política que incorpore em novas bases as câmaras de vereadores ao debate regional, elimine os vícios do clientelismo e do assistencialismo, impeça as situações políticas propiciadoras de relações de chantagem entre os executivos e os legislativos municipais, e dificulte a apropriação privada do espaço e dos recursos públicos, é preciso, além disso, introduzir na legislação modificações que, tirando partido da notável diversidade das situações, abram espaço para experimentos institucionais adequados ao tamanho das cidades e à natureza e escala de seus problemas e necessidades, os casos mais dramáticos são, inevitavelmente, os das regiões conurbadas, ai é preciso levar em conta tanto à experiência internacional como a realidade local e admitir que se impõe a criação de instâncias de poder regionais, mecanismos de gestão situada acima dos municípios e abaixo do estado; a elaboração de novas regras de representação política no plano local e regional; e a disposição para levar ao limite o esforço de descentralização administrativa do estado.







Essa gestão regional não exclui nem se substitui o município, mas poderá exigir futuramente um novo passo adiante, a criação de um novo ente federativo situado entre o estado e o município - como prova, aliás, a experiência italiana dos governos regionais, a espanhola das regiões autônomas, a americana dos condados.



Aí estaremos potencializando As coordenações das regiões metropolitanas, pois ela agiria no sentido de fortalecer as identidades locais e municipais, regionais, de forçar a descentralização de poder político, de possibilitar melhor uso dos recursos públicos e de democratizar a gestão de estado, esse conjunto de inovações deverá consolidar tanto no plano legal como no da cultura política o conceito de governança metropolitana, isto é, a articulação entre municípios, estado, governo federal e sociedade civil (empresas, trabalhadores e entidades comunitárias, representativas em geral), experiência essa voltada para compatibilizar o plano jurídico-institucional com a realidade objetiva das regiões metropolitanas.

 

COMUNIDADE CIVICA





Nós do movimento comunitário de resultados entendemos que, se as instâncias municipais,  estaduais,  nacionais de poder não compreender essas novas realidades urbanas, a luta por novas formas de relacionamento entre cidades, metrópoles, regiões, estado e federação, estará condenada ao fracasso. Por outro lado, as mudanças requerem também novas formas de participação dos cidadãos e cidadãs na cidade, nesse contexto, revalorizar os espaços urbanos é sinônimo de ampliar, aprofundar, inovar e diversificar a vida democrática, pois tal revalorização só será possível com o engajamento da população urbana e rural das mais diversas classes sociais, na busca daqueles objetivos

.Essa geração de reformas institucionais urbanas não estaria completa, portanto, se não estivesse voltada para facilitar a inserção de novos atores no processo político administrativo e para estimular a participação dos diversos setores da população no plano local. Tal participação se fará necessariamente pelo reforço dos laços de solidariedade interpessoal no interior da sociedade metropolitana, pelo fortalecimento das organizações comunitárias, pela consolidação da cultura democrática e pela elevação da auto - estima da população urbana em geral. Em seu sentido mais profundo, esse processo deve propiciar o florescimento nas cidades, especialmente nas metrópoles, de uma comunidade cívica, apoiada num conjunto de valores fortemente identificados com as tradições próprias de cada aglomerado urbano, com as novas e antigas vocações econômicas, com a dinâmica da vida cultural, com suas respectivas histórias, com uma idéia de compartilhamento do bem público retrabalhada pelas organizações comunitárias, pela nova cultura política e pela mídia.



A idéia de comunidade cívica pede uma nova visão das relações entre a esfera pública e a esfera privada significa uma nova abordagem da relação entre direitos e deveres no ambiente urbano, que exigirá a superação, tanto por parte do estado como das organizações da sociedade civil, da visão particularista , do corporativismo e das atitudes meramente defensivas e pessimistas, que devem ser substituídas por atitudes de respeito ao espaço público, à qualidade da vida urbana, à auto-estima e às identidades locais e ao desenvolvimento local sustentável.







ECONOMIA URBANA



Nós o movimento comunitário de resultados entendemos que no plano econômico, o projeto de desenvolvimento socioeconômico de quem assumir o próximo período de governo, deve estimular nas metrópoles a criação de pólos de prestação de serviços, tendo por objetivo caracterizá-las como centros do terciário avançado, como eixos de vanguarda da economia do século XXI e, em alguns casos, como cidades globais. Tal projeto não poderá desconsiderar a base industrial e econômica já existente nessas cidades, mas terá que compatibiliza - la com as novas vocações associadas ao terciário e ao terciário avançado, a sobrevivência física e econômica das grandes cidades, de qualquer forma, não prescindirá da preservação em bases tecnologicamente renovadas, de uma parte dos parques industriais e regiões comerciais que foram tanto à razão de sua pujança no passado como a origem de seus pesadelos presentes, entre outras coisas, trata-se de estimular o surgimento de novas vocações industriais associadas à informática, telecomunicações, biotecnologia, genética, logística embarcada, eletrônica microeletrônica e à indústria de equipamentos de preservação ambiental.



A transição de regiões urbanas inteiras centradas na velha indústria fordista para centros urbanos de dupla vocação econômica - indústria moderno e terciário avançado, impõe a elaboração de um plano urbanístico capaz de abrigar o novo cenário sem os inconvenientes do modelo anterior, trata-se de criar um contexto que associe o desenvolvimento urbano à melhoria contínua da qualidade de vida em geral, ao estancamento e reversão da degradação do acervo ambiental, à eliminação dos déficitis de oportunidades de trabalho, habitacional, educacional e de saúde, e ao equacionamento do drama da violência urbana e do tráfico de drogas.



Como esses objetivos não podem ser atingidos sem que o planejamento estratégico seja ancorado nos conhecimentos empíricos, técnicos, acadêmicos produzidos pelas universidades e fora dela, a criação de incubadoras de empreendimentos, núcleos de excelência em pesquisa de novas tecnologias de saneamento ambiental, em arquitetura, urbanismo e planejamento de regiões metropolitanas passam a ser vital para o êxito de todo o projeto.







DESENVOLVIMENTO RURAL.



Nós do movimento comunitário de resultados entendemos que a agricultura tem demonstrado uma extraordinária capacidade produtiva, aproveitando-se da potencialidade dos nossos recursos naturais, que permitem a obtenção de duas a três colheitas anuais, o avanço tecnológico fez aumentar substancialmente a produtividade no campo, permitindo constantes recordes de safra. Trata-se de uma evidência indiscutível a favor da competência dos agricultores , mais surpreendente ainda, é o desempenho do setor de grãos deu - se sem deslocar as demais atividades, sejam as culturas permanentes, seja a pecuária, pelo contrário, a pecuária expandiu - se fortemente, incluindo a avicultura, a suinocultura e a pesca. Pode-se mesmo dizer que a pecuária de corte passa por uma verdadeira revolução tecnológica, com a introdução e consolidação de raças européias, utilizadas na hibridação com o gado nelore, predominante no rebanho nacional. na laranja, cana-de-açúcar, os ganhos de produtividade e de qualidade são constantes.



O desenvolvimento rural pressupõe e exige, assim, uma nova postura, uma compreensão renovada da responsabilidade de nossa geração com o futuro da nossas comunidades, do ponto de vista do movimento comunitário de resultados, o maior desafio reside na manutenção e no fortalecimento da massa de pequenos e médios agricultores, que enfrentam heroicamente uma disputa desigual no mercado globalizado. O PRONAF procura exatamente incorporar tais agricultores na modernidade da tecnologia agropecuária, garantir renda suficiente para manter o emprego no campo deverá ser o centro da nova política agrícola, mais que crédito, que é necessário, o desenvolvimento rural somente será alcançado se for disseminados o conhecimento e a tecnologia, através de ampliação da rede de apoio técnico e educacional no campo.



Na reforma agrária, a distribuição de terras para famílias de agricultores e agricultores tem total apoio do movimento comunitário de resultados, assegurar a qualidade dos assentamentos, incluindo os agricultores e agricultores assentados no contexto da produção e comercialização, formalizando sua organização em cooperativas para consolidar a reforma agrária, é tão importante quanto aumentar a quantidade dos assentamentos rurais.







SEGURANÇA PUBLICA



O movimento comunitário de resultados entende que sem reverter, em prazos relativamente curtos, os índices de criminalidade, sem atacar simultaneamente as várias fontes da violência urbana, não será mais possível vislumbrar um futuro de qualidade de vida e mesmo de desenvolvimento econômico contínuo para a maioria das comunidades, há mais de vinte anos a angústia da insegurança nas grandes e médias cidades está no topo das preocupações das comunidades urbanas, sem que as autoridades políticas administrativas, policiais  tenham se dado conta da real dimensão do problema, e conseguido impedir de forma consistente a deterioração do sistema de segurança publica, a ponto da degradação chegar onde chegamos, entretanto, o desafio da segurança pública  é item prioritário da agenda das comunidades.



A abordagem moderna dessa questão exige uma mudança em relação a forma habitual de entender as causas da violência urbana. Em primeiro lugar, é preciso ter claro que a redução dos níveis de violência urbana não virá por força da lei da gravidade, não será o reflexo automático da melhoria do padrão econômico das populações pobres, não resultará de ações tópicas e isoladas de autoridades municipais, estaduais e federais, sem uma abordagem sistêmica da questão da violência e da criminalidade, sem englobar num mesmo programa de trabalho os aspectos econômicos, sociais, urbanos, culturais e os especificamente policiais da questão, sem que essa ação seja articulada no plano nacional, estadual e municipal, dificilmente poderemos devolver um ambiente de segurança mínima às populações das cidades (e de significativas áreas rurais). Ora, este item é necessário para o exercício pleno da cidadania

.

Como golpear decididamente o crime organizado? Isto só será possível a partir da firme determinação política do governo federal, emanada diretamente da Presidência da República, com forte respaldo no Congresso e no Judiciário, e de um conjunto de ações planejadas centralmente e capazes de integrar União, estados, municípios, instituições públicas e organizações sociais num mesmo esforço de atacar as causas e as conseqüências da criminalidade.

Nesse sentido, entendemos que deva - se incluir no Programa Nacional de Segurança Pública, a integração das ações num mesmo organismo de âmbito nacional, um Ministério da Justiça politicamente reforçado para a missão; um programa de investimentos sociais e de renovação das áreas urbanas mais degradadas e das regiões rurais abandonadas;

a requalificação e o aparelhamento de toda a estrutura de segurança pública brasileira (Polícia Federal, polícias estaduais, Sivam , Abin, guardas municipais, um forte investimento em planejamento, em polícia científica e investigativa em institutos de criminalística e na produção de informações sistematizadas sobre os circuitos da criminalidade, o Brasil precisará estar apto a defender seu território de quadrilhas ramificadas em vários países, e). os). estados e municípios terão de saber enfrentar criminosos com bases de operação em todo o país, autoridades municipais, estaduais e federais terão de dispor de  meios de comunicação e transmissão de informações entre municípios, estados e países, e de um mapeamento preciso das ações criminosas;



Precisamos de um programa de segurança pública específica para enfrentar a ameaça recentíssima do crime globalizado e da delinqüência eletrônica na Internet, nas redes informatizadas e nos sistemas telefônicos; a  inclusão do tema na pauta de prioridades da atual política externa   

Sendo o crime globalizado, caberá à diplomacia brasileira exigir de seus parceiros internacionais a medida de cunho nacional que tenham efeito sobre a prática criminosa no Brasil. Uma política de segurança no âmbito do Mercosul, por exemplo, torna - se cada vez mais necessária, assim como a exigência de medidas que coíbam o consumo de drogas e a produção de armas nos países desenvolvidos.

A descentralização e o engajamento dos municípios e dos eixos de desenvolvimento econômico regional no programa nacional de segurança pública, por meio das políticas de policiamento comunitário, criação das Guardas Municipais e aumento da autonomia dos poderes locais para o enfrentamento da delinqüência - isto é, com orçamentos definidos e instituições municipais aptas à tarefa; envolvimento no plano de segurança, das populações e organizações comunitárias das áreas mais expostas à violência, por meio do estímulo a iniciativas culturais, esportivas, sociais e econômicas que gradativamente resgatem, em tais localidades a sociabilidade perdida para as estruturas do crime organizado.

 Reformas no sistema penal e judiciário para agilizar a aplicação da justiça e coibir o sentimento generalizado de impunidade, especialmente em prejuízo dos mais pobres, reforma do regime penitenciário, tendo em vista reduzir drasticamente a superpopulação dos presídios, coibir a violência desregrada o desrespeito permanente aos direitos humanos que ocorrem no seu interior, estimular o uso de penas alternativas e favorecer a reeducação  do preso pelo trabalho através das cooperativas sociais.



Apoio informatização e profissionalização dos quadros de segurança pública nos estados e municípios; medidas para desbaratar e redirecionar os circuitos de atividades econômicas já associados à atividade ilegal,



Todas essas ações farão o estado estar mais presente nas comunidades de influência negativa da marginalidade, vale dizer que para serem bem sucedido terão que levar a lei, a ordem, a justiça o exercício dos direitos sociais mínimos às comunidades hoje sob o domínio do crime e de criminosos de toda ordem escondidos atrás da impunidade, entendemos que é tarefa do ministério publico conferir o conceito de segurança aplicado pelo estado em prol dos cidadãos e cidadãs, que devera ser um valor intrinsecamente democrático e progressista, afastando - o, portanto das ressonâncias indesejáveis do passado autoritário, aproximando - o da expectativa de uma vida digna e segura, tornando esse serviço publico uma realidade presente no cotidiano das comunidades.





GERAÇÃO DE RIQUEZAS, TRABLHO, EMPREGO E RENDA.




Para nós do movimento comunitário de resultados esse é outro ponto em que a realidade comunitária atual apresenta um quadro de notável complexidade, o baixo nível de crescimento da economia nas últimas décadas ampliou o desemprego e levou a insegurança e a deterioração das condições de vida a uma parcela significativa das comunidades especialmente nas áreas metropolitanas, o desemprego atinge em particular os jovens que tentam ingressar no mercado de trabalho, o quadro é dramático também em diversas zonas rurais e em pequenas cidades das regiões mais pobres,.contingentes consideráveis da população não encontram ocupação que lhe permita obter uma renda mínima. Essa tragédia se multiplica quando as questões climáticas, afetam a agricultura familiar e também o agronegocio. A retomada do crescimento econômico dos últimos três anos diminuiu o medo e reacendeu as esperanças da população, mas fatores estruturais ligados tanto à situação externa quanto às próprias mudanças no mercado de trabalho continuam bloqueando a plena explicitação da tendência ao desenvolvimento sustentável. Embora criem novos empregos ou revitalizem áreas estagnadas, a modernização da economia e as mudanças tecnológicas também levam à redução da força de trabalho braçal em setores agrícolas e industriais tradicionais., a crise fiscal também contribui para frear a economia e corroer a capacidade de investimento do setor público. Outro fator que provoca o aumento do desemprego é a excessiva incidência de impostos sobre a folha de pagamentos salariais das empresas, que inibe a contratação de empregados. Simultaneamente acontece  a ampliação do setor informal de trabalho que tem levado a uma diminuição de certos direitos e garantias do trabalhador, tornando duvidoso seu reingresso em sua profissão. Dada a permanência de preconceitos e desigualdade de oportunidades, o próprio aumento da participação das mulheres na disputa pelos postos de trabalho, assinala uma evolução positiva do mundo moderno em geral o mercado de trabalho, atua num primeiro momento no sentido de comprimir o preço da mão-de-obra. Nenhuma dessas circunstâncias pode deixar de ser levada em conta pelos poderes públicos, e por uma política democrática de inserção social pelo trabalho. Esse conjunto de fatores pressiona para baixo os salários, pois enfraquece a pressão dos trabalhadores e dissipa a ação dos sindicatos e das entidades de defesa das categorias profissionais.

Tendo como pressuposto a luta pela retomada plena do desenvolvimento econômico, o objetivo é conduzi - lo de forma a alcançar a abertura de novos empregos para incorporar os contingentes que estão se apresentando no mercado de trabalho e reduzir sensivelmente o número de desempregados. Não se trata, entretanto, de retornar aos padrões da velha sociedade industrial. Tendo em vista, realisticamente, os novos padrões de produção e de trabalho na sociedade moderna, é preciso concomitantemente criar condições que propiciem ocupação e renda para uma extensa faixa da população com poucas oportunidades de obter empregos formais e estáveis o aumento do número de empregos e a possibilidade de criação de novas fontes de renda resultarão da aceleração do crescimento econômico, a partir do aumento significativo das exportações e de investimentos privados e públicos na indústria, na agricultura, no comércio, no turismo, nas atividades culturais e de lazer etc. Como já vimos, um papel destacado nessa busca pelo desenvolvimento sustentável deve corresponder às medidas para resolver os angustiantes problemas das grandes cidades, com obras em sua infra-estrutura, notadamente as relacionadas com programas habitacionais, de saneamento e de melhoria dos transportes coletivos.

Devem ser reexaminadas algumas normas da legislação trabalhista que oneram os custos da admissão de mão-de-obra, principalmente os impostos incidentes sobre a folha salarial, sem que essas alterações sejam feitas à custa dos direitos e das conquistas dos trabalhadores, é preciso lutar também para eliminar os obstáculos legais à negociação direta entre empregados e patrões em torno das condições de trabalho em cada empresa, principalmente quando crises eclodem em segmentos específicos da economia, ao mesmo tempo, cabe ampliar os programas oficiais de treinamento e reciclagem de empregados e trabalhadores, tendo em vista a necessidade de aprimorar a mão - de obra e qualifica - la para enfrentar as novas exigências da economia.



Nesse caso, podem ser arroladas medidas envolvendo crédito, assistência técnica e programas de requalificação em pelo menos cinco áreas de atuação, microempresas, e empresas de pequeno porte, que em geral empregam um maior contingente de mão – de obra; atividades rurais, especialmente aquelas voltadas para a agricultura familiar.



Para os jovens programas específicos de formação profissional para os que estão ingressando no mercado de trabalho, tendo em conta as oportunidades de ocupação em cada região e cidade;



Para os trabalhadores (as) informais chefes de família desempregados (as), buscar ocupação na economia solidária integrada. 



Para os jovens  adolescentes em situação de risco, e pessoas em desvantagem no mercado econômico devemos oferecer -  lhes oportunidades através da implantação das cooperativas sociais previstas na lei n.º 9.867 de 10 de novembro de 1.999 



Para colaborar efetivamente na promoção do desenvolvimento local sustentável precisamos desenvolver um programa destinado à apoiar as sociedades comunitárias empresariais do grupo das me. e/ou epp. constituída nos termos a que se refere o artigo 966 da lei n.º 10.406 de10 de janeiro de 2002, e o inteiro teor da lei n º 123 de 14 de dezembro de 2006.



Na questão crditicia governos estaduais e algumas prefeituras já operam e dispõem de estruturas especiais de micro crédito, através de banco social, como forma a atender as necessidades de pessoas que podem desenvolver atividades produtivas.





POR UM PACTO EM PROL DO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO LOCAL SUSTETAVEL.






Entendemos que devera ser dada prioridade às cooperativas de trabalho, sócias, de produção, credito, habitacionais, escolares, empreendimentos da economia solidária integrada.



Para nos do movimento comunitário de resultados o problema do desemprego e da falta de trabalho não depende apenas do governo municipal, estadual, federal embora em campanhas eleitorais todos os candidatos fazem promessas impossíveis de serem cumpridas,  então  recai sobre eles uma imensa responsabilidade, entendemos que é indispensável à participação de todos os órgãos e setores da administração pública, das entidades da sociedade civil, das organizações não - governamentais e, particularmente, do universo empresarial no enfrentamento desse desafio, deve - se ter em vista o estabelecimento de parcerias de diversos tipos, usando formas criativas para agregar a colaboração de todos, de modo a ser garantida uma melhor qualidade de vida das camadas mais pobres da comunidade.





TERCEIRO SETOR



O movimento comunitário de resultado entende que a lei 9790/99 - mais conhecida como lei do terceiro setor, representa apenas um primeiro pequeno passo, direção do marco legal que regula as relações entre Estado e sociedade civil no Brasil.



Apesar do despreparo de alguns, a má fé de outros, mas na grande maioria das organizações da sociedade civil de interesse publico o chamado "terceiro setor" mostra  se cada vez mais robusto, preparado, eficiente, no Paraná, as organizações não governamentais, as iniciativas comunitárias e as experiências de voluntariado representam possibilidades concretas de complementação das políticas públicas e de solução de problemas, em especial, nas áreas sociais. Fiel às suas origens, sintonizado com esse processo libertador e sob inspiração dos princípios de descentralização e de participação o governo do Paraná, poderá e deve buscar incessantemente novos avanços que radicalizem a democracia, tornando cada vez mais dinâmica a necessária articulação entre representação e participação, entre democracia de base e democracia representativa.





SAUDE PUBLICA




Para o movimento comunitário de resultados e para todos que lutam por uma sociedade mais justa a saúde pública é um desafio crucial, para nós a saúde é ponto de honra, as falhas e insuficiências nos serviços de saúde são responsáveis pelos altos índices de justas reclamações, e pelo sofrimento injustificável de milhares de pessoas da nossa comunidade, a despeito dos notáveis avanços dos últimos anos.



Nos últimos anos, a estratégia nacional de saúde pública avançou significativamente. com as diretrizes contidas na Constituição de 1988 e na legislação que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS). Juntas, elas consubstanciaram uma política pública de inequívoca vocação democrática. Firmaram - se então alguns princípios básicos, como o atendimento universal, as campanhas regulares de vacinação e recentemente a dos idosos a eqüidade das ações de saúde, a descentralização dos serviços e o controle social de sua aplicação. Tais diretrizes vêm sendo postas em prática a duras penas, com o objetivo de instalar a gestão plena do SUS nos grandes núcleos populacionais. Mas devido à magnitude desses desafios, ainda falta muito para alterar a dramática situação da saúde pública de enormes contingentes das populações pobres de nossas comunidades.



Levando em conta as lições da prática recente, os governos defendem a generalização da assistência médica domiciliar, principalmente nas medias e grandes cidades. As equipes formadas por agentes comunitários, médicos e outros profissionais de saúde devem contar em sua retaguarda com o apoio de ambulatórios e hospitais da rede pública; a ampliação da ação do estado no campo da prevenção de enfermidades, inclusive as impostas por atentados ao meio ambiente, e o fortalecimento das políticas publicas de vigilância sanitária e ambiental.

A valorização do papel desempenhado por entidades sociais sem fins lucrativos que se dedicam ao atendimento de saúde em suas comunidades. Sua atuação é tão mais importante quanto mais sabemos das insuficiências dos órgãos governamentais. Essas organizações devem merecer apoio do poder público por meio de acordos e parcerias que correspondam aos princípios gerais da política de saúde.



 A necessidade de firmar no texto constitucional, normas obrigatórias de aplicação de recursos públicos na área de saúde, nos três níveis de governo. A eliminação do déficit nas contas públicas pode ser obtida sem comprometer os investimentos necessários ao combate à exclusão social. A contrapartida imprescindível, é claro, é o combate às práticas criminosas, aos desperdícios e ao mau uso dos recursos públicos;



O aprofundamento da descentralização e da municipalização das atividades de saúde, que deve ser complementada pela generalização da experiência de consórcios intermunicipais na prestação de serviços médicos e hospitalares; a ampliação do controle da sociedade sobre o conjunto das atividades relacionadas à saúde, em especial por meio dos conselhos e conferências de saúde previstos pelo SUS.



O reforço do controle e da vigilância dos órgãos públicos sobre os planos privados de saúde, tendo em vista que os milhões de brasileiros que a eles recorrem, não podem ser burlados por normas que ferem os direitos do consumidor; a consolidação da política de comercialização dos medicamentos genéricos. Tanto a fabricação como a comercialização de remédios, com supervisão de sua qualidade e preço, devem ser acompanhadas de perto pelo Estado, pois nessa área tão essencial à vida de milhões de cidadãos não podem prevalecer às regras costumeiras do mercado;



EDUCAÇÃO




Para nós do movimento comunitário de resultados a educação é um terreno por onde acontecerão todas as grandes transformações, e aos poucos vão se tornando realidade os sonhos e planos de notáveis educadores – como Paulo Freire, Darci Ribeiro, Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, e os milhares de educadores anônimos da rede publica e particular– vão se concretizando, derrotando a resistência dos que não compreendem que essa revolução é um elemento essencial no processo de desenvolvimento da nação brasileira. Desde 2002 os governos vêm realizando um programa arrojado de propostas inovadoras e aprofundamento de ações antes esboçadas, inclusive sobre a utilização dos recursos públicos nas atividades educacionais. Entre as linhas inovadoras está a adoção de medidas de valorização da escola como unidade básica do processo educacional, apoio à formação dos professores e melhorias na remuneração e na sua situação funcional, além dos grandes programas de merenda escolar e livro didático, a universidade tecnológica, o reforço escolar é uma realidade, precisamos acelerar a qualificação profissional e a implantação de cursos técnicos de nível médio. Com essa opção histórica está sendo dado um passo decisivo para a construção de uma sociedade mais justa e para efetivamente incorporar à cidadania milhares de pessoas marginalizados pela ignorância, pelo atraso e pela falta de qualificação educacional.





POLITICA PARA A JUVENTUDE.



Nós do movimento comunitário de resultados consideramos fundamental garantir e incentivar a participação dos jovens em todas as esferas da sociedade e nos processos de decisão, em nível municipal, regional, estadual e nacional, dando-lhes condições de serem protagonistas do desenvolvimento através de políticas articuladas com as organizações juvenis e outras. Há necessidade de uma política global e integrada de juventude, por meio da articulação dos programas já existentes nos diversos níveis de governo e outros que estimulem a informação, a organização, a participação e a criação. O governo deve incentivar as organizações de jovens sejam partidárias, estudantis, profissionais, culturais ou sociais. Recomenda aos seus legisladores e executivos a realização de políticas públicas articuladas para a juventude. Acompanha com entusiástico interesse as experiências com conselhos ou secretariados de jovens em algumas administrações. A melhoria da qualidade de vida da sociedade passa pela efetiva promoção dos direitos da juventude e pela criação de condições de participação dos jovens e de suas organizações. A juventude tem um papel fundamental na construção de uma cultura de participação e solidariedade para criar novos paradigmas para o desenvolvimento.



Com objetivo de estimular os adolescentes a participarem efetivamente da escola, e do aprendizado, e tornar solidas as possibilidades de se tornarem empreendedores ao terminarem o seus cursos, propomos a implantação do programa, que compreende – se da constituição de um fundo para os estudante da rede publica, para proporcionar real a perspectiva de vida e desenvolvimento econômico, social e cidadania para nossos jovens, a criação de um programa denominado, fundo de certeza para criança e adolescente, que consiste na criação de um fundo, em forma de caderneta de poupança, em nome de cada aluno da rede publica, no valor de (um mil reais) R$ 1000,00 por ano, durante o período do ensino básico e médio, nos últimos (03) três anos, dos estudos do estudante, participara de curso transversal, oferecido pela escola, sobre administração, empreendedorismo, associativismo, cooperativismo, micro empresa e empresa de pequeno porte, após cumprir as exigências do programa, os recursos do fundo poderão ser sacados livremente, mas a idéia é para que os jovens se associem. E abram seus. Próprios negócios, pois entendemos que a escola não pode ser apenas um ponto de expectativa mas sim um ponto de partida.



COMBATE ÀS DISCRIMINAÇÕES.



Nos do movimento comunitário de resultados entendemos que devem se concentrar todos os esforços no combate tenaz à exclusão de milhares de paranaenses imersos na pobreza, no abandono e no preconceito. À maneira da conquista da estabilidade econômica, a incorporação desses milhares ao universo da cidadania exige e impõe ousadia e persistência, sob pena de transformar em letra morta o princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei. Por isso mesmo, sua realização prática exige uma ideologia de igualitarismo material, capaz de sustentar e justificar as estratégias adequadas àqueles objetivos, a adoção de programas e a ações concretas nos diferentes níveis de poder. Essas ações, todavia, não devem envolver apenas a esfera do Estado, mas também as organizações não-governamentais Na cena internacional contemporânea há vários exemplos de iniciativas de inclusão social bem sucedidas, a maioria delas promovidas pelas. Diversas religiões repensá-las e adaptá-las para nossa comunidades, requer a coragem de romper com os resistentes bolsões de conservadorismo presentes em nossa própria cultura. O tema é naturalmente polêmico, mas não devemos temer elaborar políticas de ação afirmativa e usá-las como instrumento para acelerar a ascensão profissional, educacional e política de minorias historicamente vítimas de preconceitos, onde essas políticas publicas foram aplicadas com cautela, bom senso e sensibilidade, para com as especificidades locais e regionais, elas têm se revelado positivas. No nosso caso, não basta pensá-las como políticas compensatórias que apenas minoram os efeitos perversos da desigualdade de oportunidades e da concentração de renda. Ao contrário, dado o profundo fosso social, precisamos discriminar positivamente em favor dos excluídos, favorecendo a integração social e econômica dos negros, das mulheres, dos portadores de deficiência física, dos homossexuais, dos egressos do sistema prisional, das populações indígenas e dos recentes e bem-vindos contingentes de imigrantes latino-americanos e africanos. Nesse sentido, podemos começar por saldar a imensa dívida social, do êxodo rural da década de setenta, tendo o cuidado de evitar atitudes paternalistas,



MOVIMENTO PARA UM NOVO TEMPO.



Em nosso primeiro encontro definiu se que, nossa organização de grau superior será compostas pelas cooperativas, comunitárias, populares de trabalho e produção, associações dos cidadãos e cidadãs, grupos da economia solidária integrada, condomínios de produção, consórcios de associações, com denominação sintetizada na sigla UNICOOPERTAL - BR, seremos uma  instituição brasileira, de âmbito nacional de referencia para os movimentos  comunitários, do sistema associativo; cooperativo, que lutara pela transformação do sistema capitalista, para construir  uma sociedade autogestionária, e por um novo modelo de desenvolvimento anticapitalista e autônomo, que emancipe os seres humanos da exploração de classe, da opressão, da discriminação, da exclusão, firmou-se também uma declaração de princípios enfatizando que a, a UNICOOPERTAL - BR é uma instituição autônoma, democrática, que defende o desenvolvimento nacional, no plano geral dos movimentos sociais, populares, comunitários. Seremos parceiros dos demais movimentos comprometidos com a construção de melhorias nas condições de vida para a população especialmente nas áreas de saúde, educação, moradia, transportes,  mobilidade urbana, meio ambiente, lazer, segurança publica, geração de trabalho e renda, nas próprias comunidades especialmente pelo sistema associativo e/ou cooperativo popular comunitário, somos solidários com os movimentos semelhantes em todo o mundo, especialmente na  América latina e do Caribe, nas lutas políticas unificadas a UNICOOPERTAL - BR estará alinhada as resoluções do Fórum Social Mundial.

Para superar os desafios da nossa atuação no movimento comunitários, é necessário construir um movimento comunitário forte e politizado capaz de aglutinar e articular o movimento as lutas específicas ligando - as à luta política mais geral expressa hoje na união do povo brasileiro em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, que passa pela implantação de projetos importantes como: a soberania nacional; integração da América Latina; pelo aumento real do poder de compra dos salários,  e da renda dos trabalhadores, e pela queda dos juros que afetam diretamente o setor produtivo da economia; pela redução do superávit primário e ampliação dos investimentos públicos em setores estratégicos ao desenvolvimento como infra-estrutura, habitação, saneamento e transportes, que influenciam diretamente na geração empregos, riquezas, trabalho e renda, considerando a realidade que vive o Brasil, a polarização de projetos para o país e a correta análise de que as mudanças de rumo administrativo que o Brasil precisa somente acontecerão se ocorrer uma grande mobilização popular, é fundamental que as instâncias de direção das entidades comunitárias estaduais, municipais e locais que temos influência devem ser propulsoras de um movimento em defesa dos interesses mais legítimos do nosso povo e na luta por um projeto nacional de desenvolvimento. O movimento comunitário em nosso país deve ser uma ferramenta de transformação socioeconômica em prol do nosso povo,  Isso significa uma elevação no nível de elaboração de projetos, de atuação e direção do movimento por parte de todos (as) os (as)  envolvidos, para isso acontecer temos que melhorar nosso nível de articulação conduzir um amplo estudo que consiga  clarear o jogo político para os dirigentes das entidades em que atuamos, que envolva  o maior número possível de lideranças comunitárias no debate sobre essa nova realidade e com isso fortaleça essa discussão e a organização envolvendo homens e mulheres que vivem nos bairros, favelas, conjuntos habitacionais, distritos, zona rural, favelas de nossas cidades.



PEDAGOGIA DO MOVIMENTO.



A pedagogia do movimento se desenvolvera através do trabalho, educacional realizados nos comitês            educativos, criativos, executivos, especificamente criados para essas finalidades, coordenados por pessoas especializadas, dadas a relevância da proposta, a implantação do projeto deve se desenvolver em três frentes distintas.

a)    educacional,

b)     econômica, 

c)    social.

Pretende-se conscientizar as pessoas envolvidas com o movimento sobre a importância dos próprios cidadãos e cidadãs, buscarem soluções para os problemas que os afligem  e  prejudicam,   o movimento se orienta pelos ideais de liberdade, de justiça, desenvolvimento econômico social.

O cooperativismo é um movimento internacional, que busca constituir uma sociedade livre, justa e fraterna através da organização social, técnica e econômica da comunidade, para em bases democráticas, atender suas necessidades reais, remunerar adequadamente o trabalho, a produção ou as funções administrativas realizadas por cada um dos cooperados.

O movimento se inicia, adquire força, se materializa com a união das pessoas, numa mesma ação para resolver problemas comuns que afeta a todos, a técnica utilizada para concretizar a união das pessoas é a da cooperação, formalizando uma sociedade de pessoas que são as empresas de propriedade conjunta denominadas cooperativas , e as associações da economia solidária, forma pela qual homens e mulheres, livres aglutinam sua força de trabalho, de produção, sua capacidade de poupança, de consumo, seus conhecimentos, práticos, teóricos, intelectuais,  técnicos, administrativos, com o objetivo de juntos encontrarem soluções para os problemas comuns e prosperarem.



ESTRATÉGIAS DO MOVIMENTO.

O movimento devera adotar um planejamento estratégico que possibilite aos dirigentes escolher corretamente os meios pelos quais se tentara atingir os objetivos desejados, gostaria de começar defendendo o planejamento estratégico do movimento com o seguinte argumento de que é melhor produzir um planejamento viável que não é ótimo, do que um planejamento ótimo que não seja viável. Devemos adotar em regime de urgência uma tática e em longo prazo uma estratégia.

Os dirigentes do movimento trabalharão de forma autônoma e independente, coordenados por uma instituição de grau superior.

Na área de geração de riquezas, trabalho e renda, nossa principal missão, para implantar o as unidades produtivas utilizaremos o sistema de condomínios agrícolas, industriais, comerciais, consórcios de associações, cooperativas, buscaremos a industrialização como forma de agregar valor aos produtos primários, nossa inspiração é no modelo da mondragón corporación cooperativa com sede em Bilbao no país basco na Espanha.

Para a nossa proposta prosperar é preciso compartilhar com a comunidade oferecer lhes produtos e serviços de qualidade, a preços competitivos, praticando o comercio justo.

Procuraremos sensibilizar a comunidade trabalhando em parcerias com instituições locais, através de campanhas publicitárias para que a comunidade passe a consumir produtos, utilizar serviços produzidos e executados pelos integrantes do movimento comunitário de resultados, composto pelas associações dos cidadãos e cidadãs, cooperativas, grupos da economia solidária, da região onde moramos.

Na área de segurança publica atuaremos com muita cautela e responsabilidade, deverá ter um pequeno núcleo de inteligência colaborando diuturnamente com as autoridades, e atuar prioritariamente na prevenção, especialmente com adolescentes e jovens em situação de risco, a médio e longo prazo acreditamos na educação, e por isso trataremos este tema de forma continuada.

VER, COMPREENDER E AGIR.

O líder comunitário do século XXI deve agir com sabedoria de um mestre, a frieza de um  executivo e com a sensibilidade  de um agente pastoral.

No século XX a confrontação se deu entre o capitalismo e o comunismo, no século XXI a confrontação – se, da entre o capitalismo terrorista neoliberal e a economia social solidária, compartilhada.

Estamos estrategicamente preparados para assumir e enfrentar esse desafio.

Se quisermos acabar com a pobreza e a exclusão social, temos que estrategicamente oferecer mais poder aos pobres.

A implantação do cooperativismo popular comunitário, da economia social solidária compartilhada, praticar o comércio justo, é o melhor instrumento para se conseguir esse objetivo.

O terrorismo neoliberal decretou a morte das utopias ideológicas, morte da historia, morte da inteligência humana, regime totalitário de livre mercado, desregulamentação e flexibilização das leis trabalhistas em favor do capital, precarização dos salários, mercantilização dos serviços públicos, saúde. Educação, estado mínimo, ou restrito por completo.

A economia social solidária compartilhada, como uma alternativa ao neoliberalismo, é um sistema econômico formado pelas cooperativas populares, associações comunitárias mutualistas, e demais formas sociais e solidárias de produção, distribuição, consumo de bens e serviços, que praticam o chamado comercio justo.

Os principais campos de batalha são, educação, cultura, organização social e produtiva, conquistar o direito solidário, construir o estado de direito e de justiça social, permanente e duradouro, articular o poder popular real.

Capacitação socioeconômica para superar a concepção de empregado, a lógica de que quem sabe é o patrão, e que não sabe, e não consegue aprender, é simplesmente trabalhador.

É preciso compreender a questão da fé do nosso povo no encaminhamento do movimento, Movimentos comunitários e as religiões. Implantação de grupos familiares.

O que são grupos familiares

DESMISTIFICAÇÕES

Saber separar o que é

propaganda contra informação, boato.

informação, noticia, esclarecimento.

comunicação não e apenas noticiar os fatos, mas também criar novos espaços econômicos, sociais, culturas e de cidadania.

solidariedade, assistencialismo, ação social,

cooperação, convênio, parceria.

Escravidão, opressão, cooptação.

Liberdade, ditadura, democracia,

Se o trabalhador quer ter uma participação mais justa nos bens da terra dados pelo criador para todos os seres humanos, se quer completar sua liberdade política, com sua liberdade econômica, se quer assumir sua parte de responsabilidade que lhe incumbe na direção do trabalho, na reforma das estruturas econômicas de seu país e do mundo, não tem mais que um caminho deve unir aos seus companheiros de trabalho.



FILOSOFIA DO MOVIMENTO.

Incluem entre suas atividades promover o desenvolvimento de um novo ciclo com o objetivo de ampliar o movimento social, denominado movimento comunitário de resultados, para o bem estar social, pautado nas filosofias cooperativista e associativista, de economia solidária integrada, comércio justo, desenvolvido e implantados para enfrentar problemas sociais como o desemprego, a falta de moradia, o processo de marginalização dos cidadãos e cidadãs, a permanente capacitação profissional, formação de grupos de empreendedores para desenvolverem atividades geradoras de trabalho e renda, entre outros, colocar-se como alternativa aos movimentos sociais orientados por partidos políticos, grupos extremistas, ideologias que pregam o confronto social, grupos liderados por dirigentes sem compromisso com a transformação socioeconômica da comunidade.



FRASES PARA REFLEXÃO;

Durante os anos de participação no movimento comunitário, convivendo com a comunidade, no trabalho, na participação em reuniões, encontros, seminários, congressos, conferencias, etc. tive a oportunidade de ler, ouvir muitas frases interessantes das quais anotei, separei algumas para reflexão.

Temos que pensar globalmente e agir localmente.

O verdadeiro líder precisa ter admiradores, seguidores, uma boa folha de serviços prestados a sua comunidade.

Para se construir uma boa obra se faz necessário ter um bom projeto, bons matérias, bons construtores.

Movimento para ser bem sucedido é preciso ter bandeiras, causas, resultados positivos.

Instituições em forma de sociedade para funcionar bem precisa ter associados, administradores, dirigentes.

Uma vez todos erram, duas vezes todos podem errar, de três em diante erra quem quer quem gosta, quem é burro.

Líder seguro, preparado, democrata, compartilha com seus liderados poder, prestigio, proteção.  

Somente as instituições administradas por dirigentes dignos têm o respeito da sociedade, a recomendação das autoridades, o reconhecimento da sociedade.

Um bom líder comunitário deve se preocupar, e lutar por apenas com três coisas, para o bem estar de sua comunidade, conservar o que esta feito, consertar o que não esta funcionando, construir o que esta faltando.

 Não posso trocar o cérebro pelos punhos.

A luta é planejada, busca vitória para a comunidade, a briga é desordenada e busca derrotar alguém e obter resultados individuais.

Falso moralismo, todos vigiando todos, querendo flagrar o outro fazendo, o que ele esta querendo fazer, ou esta fazendo as escondidas.

Destruição produtiva, para que serve isso.

Veja a questão das ONG.s quando um setor passa a trabalhar com grande densidade econômica e, esta fora das preocupações do grande publico o risco de escândalos é grande.

De que vale uma comunidade livre, mas sem os meios de produção, ou seja, sem propriedades.

Uma comunidade só prospera, quando seus cidadãos e cidadãs são bem sucedidos.

Quando não há mais camponeses independentes para expulsar, começa a limpeza das casas assim os trabalhadores agrícolas não encontram no solo por eles cultivados, nem mesmo o lugar necessário para construir sua própria casa.

 O camponês planta, o camponês colhe, o camponês não come.

A acumulação de capital, a formação dos impérios vem do feudo, do latifúndio, da corrupção, enfim de uma classe trabalhadora sem propriedades.

Por que tanta violência no meio de nós.

Assegurar ao trabalhador o produto de seu trabalho deve ser objetivo de qualquer governo digno.

Pecado de pecador é compreensível, pecado de pregadores, o que você acha.

Os sindicatos só vão bem, quando o capitalismo vai muito bem.

Não tem convenção coletiva de trabalho que garanta cidadania para todos os trabalhadores, se não tivermos serviços públicos de qualidade.

O ar das cidades proporciona liberdade.

Não houve homem glorioso que não fosse trabalhador.

Há movimentos que são casualmente diferentes, outros são acidentalmente diferentes, o movimento para ser bom precisa ser essencialmente diferente.

Da mesma forma que os sindicatos lutam pelo salário, os movimentos sociais lutam pela terra, moradia, saúde, educação, segurança, as organizações sociais produtivas, lutam pelo trabalho e renda.

Para qualquer problema socioeconômico sempre existira uma solução cooperativista.

O cooperativismo é um movimento internacional, que busca constituir uma sociedade livre, justa e fraterna através da organização social, técnica e econômica da comunidade, para em bases democráticas, atender suas necessidades reais, remunerar adequadamente o trabalho, a produção ou as funções administrativas realizadas por cada um dos cooperados.

Não basta a nossa causa ser pura e justa, é que preciso, a pureza e a justiça estejam dentro de nós.

E muito melhor ouvir um não bem conduzido, que um sim mal resolvido.

Quem compra muito supérfluo em algum momento terá que vender o necessário.

Em momentos de crise só a criatividade e mais importante do que o conhecimento.

                                                          

OPÇÃO PELO COOPERATIVISMO POPULAR COMUNITÁRIO.

Se reconhecermos que o cooperativismo é um movimento internacional, que propõe e busca constituir uma sociedade justa, livre e fraterna através da organização social e econômica dos cidadãos e cidadãs da comunidade, para em bases democráticas criar as condições objetivas de promover o autodesenvolvimento sustentável, remunerando adequadamente o trabalho de cada um dos associados, nas diversas funções e com equidade.

Se reconhecermos que o cooperativismo exprime o ideal humano de transformação social, estrutural, econômico do módulo da comunidade em que vivemos, mesmo num contexto político, sócio econômico desfavorável isto é possível. é inegável que em regiões como a nossa, e em todas as regiões do Brasil a tecnologia de organização cooperativista representa o instrumento ideal para viabilizar e reanimar práticas de solidariedade humana e, por conseguinte promover o desenvolvimento integral das pessoas.

Se reconhecermos que as cooperativas operam em todos os setores da economia, e que nas suas mais diversas formas de classificação elas podem promover a mais integral participação das pessoas nos resultados do desenvolvimento.

Se reconhecermos a importância da recomendação 193, da organização internacional do trabalho (OIT), que inseriu em suas normas na 90ª reunião, realizada na cidade de genebra, em 20 de junho de 2002, quando aprovou o texto sobre recomendação e promoção de cooperativas na criação e geração de postos de trabalho, assim como sua contribuição à economia, e que as cooperativas manifestem e pratiquem interesse pela comunidade, implantando projetos desenvolvidos pelos associados, organizando atividades para a formação de novas cooperativas por isso entendemos que o apoio e incentivo ao cooperativismo popular em prol do movimento comunitário e dos trabalhadores e trabalhadoras informais deve louvado, para superar os problemas aqui citados e/ou apresentados e manter nas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras o controle das atividades econômicas por eles desenvolvidas é o cooperativismo que consideramos a tecnologia de organização mais viável para resolver esta situação.







Se reconhecermos que temos graves e inadiáveis problemas sociais, estruturais e econômicos para serem resolvidos, que precisamos desenvolver práticas mais enérgicas de solidariedade humana, que temos que ser cada vez mais dinâmicos na implantação e gestão das atividades, projetos. Entendermos principalmente que se faz necessário utilizarmos outras tecnologias de organização que temos a disposição diante das considerações gerais apresentadas sobre a precariedade das condições, perspectivas do movimento comunitário e especialmente dos trabalhadores e trabalhadoras informais,  temos que agir e interagir urgentemente.

Se reconhecermos que o cooperativismo é a tecnologia de organização produtiva, ideal para utilizarmos na implantação de novos projetos em nossas comunidades, então podemos.

Discutir a importância das cooperativas de trabalho e produção, consumo, abastecimento, escolares, saúde, transportes,  na comunidade.

Criação de postos de trabalho, geração de renda para as pessoas que não estão ou não pretendem entrar no mercado sob o regime salarial.

Alternativa de geração de trabalho e renda oferecida pelas políticas publica.

Debater experiências êxitos do cooperativismo do trabalho e grupos de economia solidária integrada.

Difundir entre as lideranças comunitárias que elas têm um papel importante na organização do processo de cooperativas de trabalho e de economia solidária integrada



UM POUCO DA HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO

Conhecer a história dos fatos é tão importante como conhecer o conceito o significado das palavras, vamos então, saber como o cooperativismo nasceu e se desenvolveu através dos tempos. o cooperativismo assim como outras formas de associação tiveram origem no espírito humano de congregação, a vontade do ser humano de ser solidário e de poder ao mesmo tempo pertencer a uma organização que sirva de aglutinadora entre o indivíduo e a sociedade. a, ajuda mutua já era praticada pelos povos mais antigos, quando saiam em busca de alimento ou de abrigo para sobreviver, era comum a união de agricultores artesãos, mercadores em lugares como china, Grécia, Egito para resolver as dificuldades coletivas e melhorar as condições de vida. na Europa do século  x v i, portanto a 500 anos, as classes mais pobres eram vitimas de um terrível espoliação. preocupados com isso, alguns autores franceses, ingleses, alemães lançaram idéias e propostas sobre a organização dos trabalhadores muitas delas parecidas com aquilo que chamamos hoje de cooperativa. mas a primeira cooperativa oficial da historia só surgiu no século   x i x. na pequena cidade de Rochdale, povoado próximo a Manchester. na Inglaterra onde 28 tecelões e uma tecelã atravessavam uma difícil situação econômica, um dos principais motivos problemas era a diminuição das oportunidades de trabalho, por causa da maquina a vapor. então aqueles trabalhadores começaram se reunir para discutir e encontrar juntos, uma forma de melhorar suas vidas, e no dia 21 de dezembro de 1844, eles criaram uma cooperativa se consumo, que se chamou sociedade dos probos pioneiros de Rochdale a palavra proba pouco usada em português, significa que são pessoas honestas, honradas, justas elas adotaram a forma jurídica de associação de caridade, porque a primeira lei cooperativista inglesa só foi promulgada em 1852, esta cooperativa como uma espécie de armazém comunitário onde todos os associados tinham acesso á compra de alimentos sem depender dos grandes comerciantes, a ação era orientada por grandes princípios, que erram assumidos e respeitados por todos os associados. esses princípios eram tão fortes e tão validos que até hoje passados mais de 150 anos, influenciam todo o movimento cooperativista, eles podem ser assim resumidos livre adesão, controle democrático, proibição de qualquer tipo de discriminação, vendas a preço de mercado, investimentos de reservas na educação dos associados. no inicio a experiência de Rochdale foi motivo de caçoada para os grandes comerciantes. mas o seu sucesso foi rápido e seu modelo de organização espalhou-se pelas cidades e pelos campos da Europa. Inspirada nos ideais de Rochdale foi criada em paris, na França a primeira cooperativa de trabalho, sua atividade era confeccionar uniformes para os cidadãos que fazem parte da guarda nacional, no Brasil, as tentativas cooperativistas mais antigas como a colônia Teresa Cristina, em 1847 nos sertões do Paraná tiveram o seu valor, mas não alcançaram muito êxito. ao contrario do que aconteceu na Europa, muitas experiências brasileiras surgiram de cima para baixo, mais para atender os interesses das elites políticas e agrárias do que dos necessitados. o cooperativismo só tomou força pra valer, em nosso país, a partir de 1932, com a edição do decreto n.º 22.229.essa medida animou o movimento cooperativista, que se desenvolveu mais ainda quando o governo de Getúlio Vargas incentivou a formação das cooperativas agrícolas de  trigo e soja, nas décadas de 60 e 70 essas associações alcançaram seu ponto máximo, por causa das altas cotações da soja no mercado internacional, a das facilidades de credito hoje as cooperativas brasileiras são compostas basicamente por médios e pequenos e pequenos agricultores, e são responsáveis, entre outras coisas por boa parte da produção de açúcar, trigo, soja álcool leite, e seus derivados e assim o cooperativismo evoluiu. conquistou espaço, obteve respeito dos associados, recomendação dos intelectuais, reconhecimento dos governantes, atualmente o cooperativismo voltou a ocupar lugar de destaque na mídia e na pauta dos parlamentos e na agenda dos governos, muito disso se deve ao fato de a grande maioria dos cooperativistas, ter se mantido fiel aos princípios de Rochdale.



PREZADO (A) COOPERADO (A).

Quando se houve dizer que a “união faz a força”, logo temos em mente a imagem de um grupo de pessoas produzindo alguma coisa comum a todos. foi em 1844, na Inglaterra, na cidade de Rochdale que um grupo de vinte e oito ex. empregados e uma ex. empregada, da industria de tecelagem, cansados de serem explorados, procurar trabalho e não encontrar, mas com muita vontade de prosperar, criaram coragem se juntaram e formaram um tipo de sociedade de pessoas para servir de instrumento de defesa de seus interesses que, já naquela época, se concentrava no elevado custo dos gêneros alimentícios. foi assim o inicio da primeira cooperativa, uma forma de organização empresarial, de pessoas, e de propriedade conjunta, que funciona baseado nos mesmos princípios, em todos os países do mundo, isto porque o cooperativismo, na sua mais pura definição, é o resultado da soma dos esforços de todos em seu beneficio próprio. o despertar destes valores, que estão latentes em cada indivíduo, e sua importância para a comunidade e para o cidadão só poderão ser obtido desde que seja manifestada uma necessidade acompanhada de uma motivação férrea e muita persistência, até conseguir o objetivo pretendido. com este mesmo pensamento seguidas da necessidade e com uma grande vontade, inúmeras pessoas unidas nas cooperativas para realizaram o sonho de proclamar sua, independência econômica,  independente de qualquer favor, de quem quer que seja. agora que você aceitou o desafio de praticar a cooperação, com o objetivo de trabalhar no que é seu, você estará obtendo um grande proveito em favor da sua família, de você e dos demais cooperados que fazem parte desta nova comunidade, e que com os mesmos objetivos estarão formando e fazendo funcionar a cooperativa de trabalho e produção.

prezado (a) cooperado (a) seja bem vindo (a)



O COOPERATIVISMO  QUE TEMOS.

A atual legislação reguladora do cooperativismo Brasileiro é a lei n º 5764/71, que foi constituída com foco especial para o agronegocio, que envolvem grandes, médios e pequenos produtores rurais este cooperativismo já prestou e continua prestando relevantes serviços aos seus cooperados e ao país, e esta plenamente consolidado, todos nós sabemos que este cooperativismo foi acertadamente muito apoiado técnica, e financeiramente pelo governo federal, é claro que houve abusos, e improbidades foram cometidas, mas  o saldo e extremamente positivo, se por um lado o cooperativismo oficial regulado pela lei supracitada tende a desprezar as iniciativas comunitárias das pequenas cooperativas, por outro lado os dirigentes das autênticas e legítimas cooperativas também se sentem constrangidos e jamais consiguirão  se aproximar principalmente das lideranças da maioria das OCES, como diz aquele ditado popular com que roupa que eu vou, e também por falta de todo tipo de informações, enfim constatamos que realmente essa organização em todos os sentidos sinceramente não é para o nosso bico.



O COOPERATIVISMO QUE QUEREMOS

Mas nem tudo esta perdido, no Brasil o cooperativismo esta consagrado em diversos diplomas legais, na constituição federal, nas constituições estaduais, nas leis orgânicas de muitos municípios, já as cooperativas são citadas na constituição federal, na consolidação das leis do trabalho, C L T, no estatuto da terra, mas são oficialmente regidas oficialmente pela lei n.º 5764/71, conhecida como lei das cooperativas, e mais recentemente pela lei n.º 10.406/02, conhecida como novo código civil, a chamada lei das cooperativas e uma lei bastante abrangente, basta analisarmos o que diz o seu artigo 5º ‘’as cooperativas podem adotar por objeto qualquer gênero de serviços, operações ou atividades’’ proporcionando aos cidadãos e cidadãs interessados na formação de cooperativas que a variedade seja ilimitada, já o novo código civil traz algumas inovações positivas, por exemplo a variabilidade ou dispensa de capital social, concurso de sócios em numero mínimo necessário para compor a administração da sociedade, sem limitação de numero máximo, e a possibilidade do registro em cartório de títulos e documentos, entendemos que isso facilitara e muito a criação de cooperativas populares comunitárias, e consequentemente nos anima na iniciação do cooperativismo que queremos.    

Se ainda não temos o cooperativismo que queremos, então vamos desistir de tudo, abandonar o autentico cooperativismo, assistir passivamente a permanência de nossos companheiros e companheiras na informalidade, e grande parte na miséria claro que não, temos que lutar para construirmos o cooperativismo que queremos, devemos fazer como muita gente já fez em outras partes do mundo, criando coragem, mobilizando nossas organizações comunitárias, nos articulando politicamente com forças aliadas, para darmos o primeiro passo que é a aprovação de uma legislação que assegure garantias jurídicas, liberdade e contemple todos os ramos e correntes desta nova fase do cooperativismo popular comunitário no Brasil.

Que tem por objetivos a criação de redes de cooperativas populares comunitárias para promover o desenvolvimento local sustentável, e mantendo - os sob a égide do sistema cooperativo que propomos,  atuando nas áreas de trabalho, produção, credito, consumo, este novo cooperativismo devera ser o mais integral possível, ter como fonte de inspiração os pioneiros de Rochdale e na iniciativa vitoriosa de Mondragon, estar focado especialmente nas populações urbanas, com vistas à reintegração ao sistema produtiva agrícola  mas não basta conquistarmos uma boa e justa legislação, é preciso que a justiça e o ser cooperativo popular comunitário esteja dentro de nós



POR UMA ALIANÇA ESTRATÉGICA COOPERATIVISTA POPULAR COMUNITÁRIA.

Partindo da premissa que a união faz a força, por um lado percebemos as limitações dos movimentos comunitários como um todo, as imensas dificuldades de grande parte de suas lideranças para se obter resultados efetivos nas suas lutas, reivindicações e conquistas, notamos que os movimentos supracitados estão isolados do conjunto da sociedade, desunido, na contra mão dos acontecimentos, dessa forma não conseguirão obter êxito na sua principal tarefa que é representar servir e proteger a comunidade, preferencialmente a parte mais pobre, proporcionando a ela esperanças e melhorias nas condições de vida. Por outro lado sabemos que o movimento cooperativista sozinho também não conseguira se inserir efetivamente na comunidade, para realizar sua nobre tarefa de viabilizar o cooperativismo popular comunitário, concluímos que é preciso unir forças, numa aliança estratégica cooperativista popular, comunitária.

O movimento comunitário de resultados propõe a titulo de complementação entre os movimentos, existentes implantar uma alternativa de desenvolvimento econômico, local sustentável, através do movimento comunitário, em prol dos cidadãos e cidadãs de nossas comunidades, atuando especialmente com projetos de inspiração econômica, para resolver problemas sociais, nas áreas de geração de riquezas, trabalho e renda, para efetivarmos a parceria supracitada apresentamos parte da tecnologia de organização necessária para sua implantação, que será  através do cooperativismo popular .


União Municipal das Associações de Moradores de Londrina