sábado, 9 de dezembro de 2017

O QUE É SER CONSELHEIRO




O QUE É SER CONSELHEIRO



Conselheiros são atores sociais que representam o a Sociedade Civil Organizada (ONGs, associações,  dentre outros, definido pela Lei de Criação de cada Conselho, que retratam e defendem os valores e os interesses da comunidade.

Para isso os Conselheiros devem conhecer a demanda e necessidade desse grupo, tendo como principal desafio a construção de uma prática reveladora de uma representação democrática, visível, transparente e que corresponda realmente aos anseios dos segmentos representados.

Os Conselheiros devem garantir a execução, o monitoramento, a avaliação, a formulação e o redirecionamento das Políticas Públicas, quando necessário.

Como forma de alcançar os objetivos dos Conselhos, os Conselheiros devem conhecer e acompanhar o desenvolvimento da Política que representam buscar entendimento entre os pares, saber exatamente o seu papel e como prestar contas de sua participação à Entidade a que está ligado. É primordial estarem atentos à agenda de reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho ou de outras instâncias de discussão.

A organização de cada Conselho é peculiar, assim ele deve ser composto por Conselheiros representantes da Sociedade Civil e do Poder Público que são definidos pela lei de sua criação.

Um cidadão comum deve se informar sobre os conselhos de seu município e nada impede que ele participe expondo idéias, sugestões e demandas, só não tendo direito a voto. É importante ressaltar que todo o trabalho desenvolvido pelos Conselheiro e voluntário.
Para cumprir seu papel e atingir seus objetivos os conselheiros e as conselheiras devem, em sua prática, afirmar a defesa:
Ø      Da democracia e do Estado Democrático de Direito.
Ø  Da cidadania, enquanto garantia de direitos civis, políticos e sociais a toda a população brasileira, bem como de acesso universal a serviços públicos, de direito à organização autônoma e de “direito a ter direito”.
Ø      Da justiça, eqüidade e liberdade, dos direitos humanos e da autonomia de todos os indivíduos.
Ø      Da distribuição de renda e da universalidade de acesso às políticas sociais.
Ø    Da diversidade social, de raça / etnia, de gênero e, conseqüentemente, do combate a toda forma de preconceito.
Ø      Da gestão democrática e do controle social das políticas sociais.
Os Conselhos, coerentes com os princípios constitucionais, devem ter suas atividades comprometidas com a defesa da democracia e dos direitos da população.
As funções dos(as) conselheiros(as) estão definidas em leis, resoluções, que legislam a respeito dos conselhos de direitos em suas várias áreas de atuação. Destacamos a seguir algumas das principais funções dos conselheiros e das conselheiras especificadas em legislação específica.
Representação
Ø      Representar e defender os direitos individuais e coletivos da população usuária das políticas nacionais/estaduais/municipais e do controle social.
Ø      Dialogar permanentemente com os representados, estabelecendo canais de comunicação e deliberação.
Ø      Representar o conselho em situações previstas na sua legislação, contribuir com a promoção, a defesa dos direitos humanos e direitos de cidadania, participar da agenda sobre a Política Nacional, Estadual e Municipal.
Promoção da Gestão Interna
Ø      Participar das atividades do Conselho, reuniões plenárias, grupos de trabalho e comissões, desenvolvendo, com responsabilidade e presteza, todos as atribuições que lhes forem designadas.
Ø   Debater e votar a matéria em discussão e contribuir para a manutenção do espaço do Conselho como esfera de debate e diálogo, etapa imprescindível para uma deliberação consciente.
Ø      Proferir declarações de voto e mencioná-las em ata, declarando suas posições contrárias por escrito.
Ø      Apreciar as atas das reuniões.
Ø      Solicitar informações, providências e esclarecimentos ao relator, às comissões permanentes e temáticas, à mesa e ao órgão encarregado dos serviços de secretaria executiva.
Ø      Apresentar relatórios e pareceres dentro dos prazos fixados.
Ø      Participar de comissões permanentes e temáticas com direito a voto.
Ø      Propor a criação e dissolução de comissões temáticas.
Ø      Executar atividades que lhes forem atribuídas pelo plenário.
Ø      Agir com respeito e dignidade, observadas as normas de conduta social e da Administração Pública.
Ø      Zelar pelo patrimônio do Conselho.
Defesa da autonomia do Conselho
Ø Zelar pela autonomia dos conselhos, não permitindo subalternidade de suas deliberações à gestão de governos, de entidades ou de corporações em particular.
Ø Eleger os membros que compõem a presidência (presidente/a, secretários/as, coordenadores/as de comissões) entre seus pares.
Articulação das políticas e integração das ações com outros conselhos
Ø      Manter diálogo com outros conselhos de gestão de políticas públicas.
Ø      Propor políticas articuladas e ações integradas com os demais conselhos.
Ø      Conhecer os programas e serviços existentes visando a integração do atendimento.
Influir na Política para garantia dos direitos, em todos os níveis
Ø   Zelar para o aprofundamento do sistema descentralizado e participativo da política dos conselhos de direitos.
Ø      Exercer o controle social sobre a Política Nacional, Estadual e Municipal de sua área e sobre suas ações.
Ter postura Ética e de Defesa dos interesses públicos e coletivos
Ø      Zelar pela ética, transparência e honestidade, atuando sempre em defesa do coletivo e jamais em favorecimento próprio.
Ø   Defender o caráter público da política de sua área, entendida como proteção social a ser prestada por órgãos governamentais e por entidades de assistência social a todos que dela necessitarem.
Ø  Manter vigilância para que o Conselho cuide da aplicação dos direitos, direcionando a discussão para o cumprimento da proteção social para as diversas esferas dos poderes públicos e entidades de defesa de direitos.
Prestar contas à sociedade e ao Estado
Ø      Garantir a informação e a divulgação das discussões do conselho e de suas deliberações.
Ouvir e defender os interesses da comunidade
Ø      Estudar e conhecer a realidade dos representados.
Ø  Estabelecer diálogo permanente com a sociedade civil organizada e com os fóruns de representação política.
Ø 
 Contribuir para a efetiva participação da população usuária nas decisões do conselho, buscando metodologia, forma e linguagem adequada.
Fazer circular as informações
Ø      Garantir a informação e a divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos da política de sua área, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
Fortalecer os espaços de articulação da sociedade civil
Ø      Manter relação com os Fóruns da Sociedade Civil e instituições públicas no âmbito das esferas administrativas.
Se você é conselheiro ou conselheira, percebeu que têm em mãos um poderoso instrumento de defesa e de mudança social





A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Precisamos pensar no destino do Brasil
É de fundamental importância a participação dos Movimentos Sociais na política para o fortalecimento da democracia, no processo de inclusão social e na conquista de direitos, visando o bem comum. Cabe também aos movimentos sociais combater a corrupção na esfera publica, considerando que as conseqüências recaem para toda a sociedade e para as futuras gerações.

Os Movimentos sociais devem marcar presença em Partidos Políticos, visando debater, discutir e defender questões econômicas, sociais, culturais e políticas da classe, considerando que toda e qualquer decisão é política. Quem não gosta de política é governado por quem gosta.

Como já dizia o filósofo Karl Marx “Mudanças na sociedade ocorrem a partir da ebulição dos movimentos sociais: contra o capital e o Estado.” Os Movimentos Sociais são de extrema importância, porque cobram mudanças, reivindicam transformações, mostram quando a povo não está satisfeito com as medidas adotadas por governantes, dirigentes e gestores, além de cobrar medidas, quando necessário, porém os Movimentos Sociais perderam força com o passar do tempo. Os movimentos sociais nos anos 60/80, diferem dos ideais dos movimentos na atualidade. O individualismo, egoísmo, concorrência desleal, inveja, ambição, alienação imposta pelo avanço tecnológico e no mundo globalizado vem impedindo que pessoas se unam para cooperar, ajudar e reivindicar o bem comum.

Os Movimentos Sociais após os anos 90 perderam forças, principalmente a UNE – União Nacional de Estudantes, dentre outros, pelo fato de algumas entidades terem desviados seus objetivos estatutários e passaram a ser manipulados politicamente, onde a entidade passou a ser centralizada por grupo. Um dos fatores que também desmotivou a participação efetiva de associados é a falta de espaço, basicamente na mídia, Casas Legislativas, para exporem suas ideais e reivindicações na defesa das causas sociais, econômica, política e cultural.  Esta falta de espaço democrático nas instituições, principal causa da escassez de lideres autêntica no Brasil, causa da crise moral e política que as Instituições dos Três Poderes atravessam no País.

No Brasil, a partir da década de 90, muitos cidadãos honestos deixaram de participar do processo político partidário. Esse afastamento foi de um prejuízo incalculável para a sociedade e para o País. Até os anos 80, nasciam nos grêmios e diretórios dos colégios e das universidades, bons políticos, mas essa riqueza foi quebrada com o Regime Militar de 64. Essa é uma das razões do péssimo nível da representação política, por termos uma juventude temerosa e despolitizada. Quando os movimentos sociais atuam de forma fragmentada não alcançaremos o Brasil que todos sonham.

Estabelecer uma definição precisa que o movimento traduz todo um processo que tem raízes no passado, que se constrói no cotidiano com ampla participação popular, e que não tem um ponto predeterminado de início e chegada. Como todo processo de luta social, contém suas próprias contradições. Avanços, recuos, derrotas e conquistas. Para os movimentos sociais cumprirem papel mais elevado no cenário político precisam ter perspectivas mais avançadas de sociedade.

Só poderemos formar cidadãos e futuras lideranças, ensinando as crianças desde as primeiras letras a serem cidadãos com educação em tempo integral. Cadê o incentivo do governo ao Escotismo, Bandeirantes, Escola Liceu de Artes e Ofícios, dentre outras com o modelo de aprendizagem dessas instituições?
As lutas sociais darão o tom político no Brasil, o ambiente Democrático que vivemos é propício à elevação da consciência política do povo e a sua mobilização social num patamar mais avançado de luta de classes, visando o aprofundamento da democracia e acelerar o crescimento social no País dentro de um novo cenário de desenvolvimento é a principal tarefa dos movimentos sociais na atualidade. Neste ambiente de lutas que a democracia será fortalecida, ampliando os direitos sociais e a soberania nacional. É neste ambiente também que estaremos atuando e contribuindo na construção de um Brasil melhor.

“Quem disse que o meu direito termina onde começa o seu? O meu direito não acaba nunca. Nem o seu. Ou a gente aprende a conviver respeitando o direito um do outro (ainda que sejam bem diferentes) ou não andaremos juntos".

UNIMOL
União Municipal das Associações de Moradores de Londrina

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