sexta-feira, 13 de abril de 2012


AMBIENTALISTAS E MOVIMENTOS SOCIAIS, 

Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação já foram sancionadas, mas entra em vigor  no próximo mês de MAIO/2012 , fundamental para que nunca mais na história do Brasil as informações e atos possam ser "sigilo de "mandantes" nem instrumento contra os Direitos Humanos, no sentido de que a DEMOCRACIA, mais e mais, se consolidade.
Há  questões  de direito humano, ambientais  e outras essenciais que não podem cair no vazio ou esquecimento, mas sim que  sirvam para o  avanço e consolidação do sistema democrático no Brasil. 
A primeira delas é a nomeação e consequente funcionamento da Comissão da Verdade, para que se esclareça, em definitivo, o que ocorreu com centenas de militantes políticos torturados e assassinados pela ditadura de 1964. 
O destino dos "mortos e desaparecidos" é condição para que o País se reencontre com sua história e não com a mentira e ocultação que o regime ditatorial impôs à sociedade. A verdade histórica fortalece a democracia e contribui para que nunca mais se repitam os crimes contra a humanidade perpetrados naquele período. 
Os atos públicos contra torturadores, realizados espontaneamente por jovens em várias cidades e por eles denominados de "escrachos", vocalizam o clamor público em favor da apuração da verdade e se contrapõem às manifestações retrógradas de militares que mancham a antiga tradição do Clube Militar, presidido no passado pelo general nacionalista Estillac Leal. 
mobilizações que os principais movimentos sociais do Brasil desenvolvam até o encontro internacional da Rio +20, em junho, no Rio de Janeiro. 
A luta pela Reforma Agrária iniciada pelo MST neste mês, homenageamos as vítimas da violência no campo por ocasião do dia 17 de abril, data do massacre de Eldorado do Carajás. 
A data de  1o. de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, as mobilizações indígenas preparatórias do Acampamento Terra Livre em junho no Rio de Janeiro, a Cúpula dos Povos que se instalará no Rio de Janeiro por ocasião da Rio + 20, e o Dia Mundial de Luta contra o Capitalismo por Justiça Social e Ambiental, definido no âmbito da Assembléia dos Movimentos Sociais.
No Congresso Nacional, há ainda resistências a uma agenda progressista.

Setores conservadores travam importantes matérias: a aprovação da PEC do Trabalho Escravo, que esperamos seja o gesto concreto do Congresso Nacional ao trabalho, para superar essa chaga ainda presente no Brasil do século XXI; e aprovação daPEC que criminaliza a homofobia, paralisada por fortes pressões fundamentalistas. 

A recente aprovação da constitucionalidade da PEC 215 pela Comissão de Constituição de Justiça da Câmara dos Deputados, põe em risco a demarcação de terras indígenas, quilombolas e de unidades de conservação, um retrocesso que deve ser enfrentado com prioridade pelo PT e pelo governo. 
Na mesma linha de combate ao ataque aos direitos dos povos marginalizados à terra, o PT manifesta sua expectativa de um claro posicionamento do Supremo Tribunal Federal em favor da constitucionalidade do decreto 4.887/03, que permitiu até o momento a demarcação das terras quilombolas. 
Preparem-se, pois a dureza da bancada ruralista e a força da ditadura militar, ainda latente, virão com tudo para tentar desastabilizar  todas estas ações e a possibilidade de investigações do passado recente.
Não podemos que nenhuma infração aos Direitos Humanos E ambientais, possam sair do controle social!!!

TORTURA NUNCA MAIS!!!

DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL PARA O BRASIL!!!

Eng. Felomena Sandri


Dilma sanciona Comissão da Verdade e Lei de Acesso à Informação

Projeto vai investigar crimes cometidos durante a ditadura e nova lei limita sigilo a documentos oficiais

18 de novembro de 2011 | 12h 35
Luci Ribeiro e Rosana de Cássia, da Agência Estado

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira, 18, a lei que permite aos cidadãos ter acesso a informações públicas e a lei que cria a Comissão da Verdade. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma destacou que essas duas leis "representam um grande avanço nacional e um passo decisivo na consolidação da democracia brasileira". "A informação torna-se aberta em todas as suas instâncias. O Poder Público torna-se mais transparente", completou a presidente. 
 
Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Dilma durante sanção da Lei de Acesso à Informação e da Comissão da Verdade

Para Dilma, as duas leis são uma forma de evitar que "nenhum ato nem documento que atente aos direitos humanos possa ficar sob sigilo". "O sigilo não oferecerá nunca mais guarida ao desrespeito aos direitos humanos no Brasil", disse Dilma, sob muitos aplausos.

A Lei de Acesso à Informação, de autoria do Executivo e que foi encaminhada em maio de 2009 ao Congresso Nacional, entra em vigor em seis meses. Ela garante o acesso a documentos públicos de órgãos federais, estaduais, distritais e municipais dos três Poderes. "Todos os brasileiros sem exceção poderão consultar documentos produzidos pela Administração Pública", explicou a presidente, acrescentando que, em seis meses, todos os órgãos públicos terão que publicar informações na internet sobre sua atuação, gestão e disponibilidade orçamentária.
O sigilo de documentos só será justificável em casos de proteção da segurança do Estado e de informações de caráter pessoal. Caso o acesso à informação pública seja negado, caberá recurso. O tempo para manter sob sigilo documentos ultrassecretos será de 25 anos; secretos, 15 anos; e reservados, cinco. Somente o sigilo de documentos ultrassecretos poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período. O tempo máximo de sigilo será de 50 anos.
Comissão da Verdade. A Comissão da Verdade foi criada para investigar, em dois anos, violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A Comissão será composta por sete membros, que serão nomeados pela Presidência da República. "A Comissão da Verdade tem grande significado para o Brasil, e o Congresso Nacional demonstrou isso, pois o projeto recebeu apoio de todos os partidos", disse a presidente. "O silêncio e o esquecimento são sempre uma grande ameaça. Não podemos deixar que no Brasil a verdade se corrompa com o silêncio", concluiu.



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